O dia 02 de Março de 1996 tinha tudo para ser apenas mais um dia na vida de todos os brasileiros, mas, aquele dia que se iniciava machucou a muitos. O povo brasileiro, que ainda se recuperava da perda do eterno ídolo, Ayrton Senna, e que encontrou nas músicas dos cinco jovens de Guarulhos, uma forma de se alegrar, acordaria naquela manhã, sentindo uma nova perda, pois Dinho (vocal), Bento Hinoto (guitarra), Júlio Rasec (teclados) e os irmãos Samuel Reoli (baixo) e Sérgio Reoli (bateria) partiriam dessa para uma melhor.
O sucesso, que durou apenas 7 meses, começou no final da década de 80, quando Bento e os irmãos Reoli, resolveram criar uma banda: a Utopia. Mais tarde, a Utopia faria uma apresentação, onde o público presente pediria para que tocasse um sucesso de Guns 'n Roses, mas os integrantes da banda desconhecia, e chamaram um expectador para cantar, e então Dinho passou a integrar o que se tornaria os Mamonas Assassinas. Mas, a banda que originou os Mamonas, não teve o mesmo sucesso, e em apenas um disco gravado, foram vendidos pouco mais de 100 cópias. Como qualquer moleque que quer ter uma banda, eles não desistiram, e conheceram o produtor Rick Bonadio, e a partir daí que os jovens de Guarulhos, que queriam viver de música, passaram a ser um sucesso com a nova banda: Mamonas Assassinas.
Em uma fita com as músicas Pelados em Santos, Robocop Gay e Jumento Celestino, enviada para três gravadoras, que conseguiram gravar o primeiro e único CD. Foi com esse CD, intitulado Mamonas Assassinas, que começaram aparecer nas grandes mídias, e fazer shows nos quatro cantos do país, com uma média de 8 apresentações por semana, eles passaram de uma simples banda, para um mito, vendendo cerca de 100 mil cópias a cada dois dias, isso em apenas 7 meses. O sucesso nacional foi tanto, que iriam para Portugal no dia 3 de março, mas...

...no dia 2, após um show em Brasília, o grupo estava voltando para Guarulhos, quando o avião onde estavam se chocou com uma serra, e todos os Mamonas faleceram no local.

A morte de Dinho, Bento, Júlio, Samuel e Sérgio, não marcou apenas aos fãs da banda, mas também a todos. Após 15 anos, vemos na música bandas que não chegam nem perto da irreverencia e a simpatia desses jovens. Os mamonas não estavam fazendo música para 'pegar aquela garotinha linda', e sim, para fazer o que gostavam. Os mamonas não se apresentavam apenas pelo dinheiro, claro que isso faz parte, mas eles estavam sempre felizes, e cativavam até os mais críticos. Eles fazem falta não só pela a alegria contagiante, mas por tudo que representavam, e representam até hoje. São os tipos de pessoas, que podem passar 5, 10, 15 anos, e nunca vão cai no esquecimento. Eles fizeram, fazem e farão sucesso, eternamente, por que se existe um motivo para a vida, o motivo da existência desses caras foi dar alegria a várias pessoas de várias gerações. A perda desses caras ainda não foi superada...


Vocês fazem muita falta MAMONAS ASSASSINAS...

@ricbiazotto

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