Bio: Mary Flora Bell nasceu em maio de 1957 na cidade inglesa de Newcastle. Sua mãe deu a luz quando ainda tinha dezesseis anos. A mãe era prostituta, e até hoje não se sabe o verdadeiro nome do pai de Mary Bell, apesar de Billy Bell ter assumido a paternidade - este mais tarde seria preso por assalta armado. Em 25 de maio de 1968, Mary assassinou Martin Brown com a ajuda de uma amiga. Dois meses depois, assassinou Brian Howe, de apenas quatro anos. Desta vez, Mary - lembre-se, de apenas 11 anos - estrangulou o garoto, perfurando as coxas e genitálias do garoto, e ainda fazendo um corte com a letra 'M' na barriga de Brian. Foi acusada de estrangular outras quatro crianças, além de ser responsável por atos de vandalismo na escola onde estudava. Foi considerada culpada em dezembro de 1968. Em seu diagnostico, ficou comprovado que Mary Bell sofria de psicopatologia, que é o coração da psiquiatria. Permaneceu em custódia até 1980, quando tinha 23 anos, e pode ser livre, ficando em anonimato para conseguir seguir sua vida. Casou-se e teve uma filha em 1984. No ano de 2007, deu uma entrevista no que deu origem à sua biografia, intitulado Gritos no Vazio. Mary Bell é considerada a mais jovem homícida da história.

Sinopse do livro Gritos no Vazio, escrito por Gitta Sereny - O que leva uma criança a matar outra criança? Como julgar, em tribunais de adultos, crianças que cometeram crimes graves? Seriam necessários tribunais especiais? O acompanhamento de psicólogos confunde as evidências do crime? Como condená-las sem considerar sua história familiar? E quando se trata de crianças vítimas de abuso sexual? Em 1968, com onze anos, Mary Bell foi julgada e condenada à prisão perpétua pelo assassinato de dois garotos de pouco mais de três anos, na Inglaterra. Vinte e sete anos depois de sua condenação, e após a morte de sua mãe, Mary Bell aceitou falar à prestigiada jornalista Gitta Sereny sobre sua infância, seus dois terríveis atos, seu julgamento público e seus doze anos de detenção. O resultado é uma biografia instigante, recheada de surpresas e abordagens inteligentes, seja sob o aspecto moral, educacional e humano. Para o leitor, Gritos no Vazio é um relato fantástico e único da experiência de vida de uma mulher. Para pais e profissionais de Psicologia, Psiquiatria, Direito e Educação, eis um amplo debate sobre a formação do sujeito e suas relações com a lei, a família e a sociedade.