Anna e o Beijo Francês, Stephanie Perkins, 1ª Edição, Ribeirão Preto: Novo Conceito, 2011, 288 páginas.

Um dos novos lançamentos da nossa parceira, Editora Novo Conceito, Anna e o Beijo Francês é uma história simples, com uma escrita fácil e recheado de curiosidades. Escrito por Stephanie Perkins, uma americana apaixonada por livros, livros estes que sempre fizeram parte de sua vida. A autora trabalhou como vendedora de livros, bibliotecária e agora é uma romancista que tem tudo para fazer sucesso. O motivo? Seu livro não dá, em nenhum momento, vontade de desistir de ler.

Anna Oliphant, narrador-personagem, é uma jovem americana de 17 anos, apaixonada por cinema, que sonha em fazer críticas no futuro, filha de um romancista com uma professora, que tiveram um casamento fracassado. O pai de Anna a matrícula em uma escola de Paris, para que ela pudesse fazer o último ano de estudos na cidade mais romântica do mundo, mas quem disse que Anna gostou da ideia? Até por que, precisaria abandonar uma vida inteira que havia construído nos EUA: amigos, família e um quase-namorado. Sem argumentos para ser contra essa mudança, Anna parte para uma nova vida, e como já era de se esperar, se sente um peixe fora d'água, afinal, está em um país do outro lado do mundo, em uma cidade onde não conhece ninguém e que se fala uma língua que praticamente desconhece, além pessoas estranhas. Ao contrário do que pensa que aconteceria, Anna conhece pessoas que mudam e começam fazer parte de sua vida. Dentre essas pessoas, estão Étienne St. Clair, Meredith, Josh, Rashimi, e claro, algumas pessoas indesejáveis, como Amanda e Dave. Ao longo dos meses, Anna passa a se aventurar com seus amigos pelas ruas de Paris, e como é impossível estar na capital francesa, sem se apaixonar, ela se apaixona. Ou pelo menos desconfia que está apaixonada. Mas como nem tudo é perfeito, Anna e seus amigos passam por dificuldades, no amor, na amizade e na família, e nossa personagem principal é a que mais sofre, mas aos poucos tudo vai se indireitando, e um final feliz aguarda nosso querida Anna.

Para começar, o que dizer da capa de Anna e o Beijo Francês? Olhar para ela, que por sinal é a original, e ver a Torre Eifel já é saber que o livro vai nos mostrar muitas curiosidades. Conhecemos pontos importantes de Paris, como a catedral de Notre Dame, o panteão, o monumento de Victor Noir, entre outros, e esta capa só mostra o que ainda esta por vir. O único problema, é que para mim, nunca imaginaria Anna como esta moça da capa. Será que era esta a intenção?

Outro ponto interessante do livro, é uso de pessoas que fazem parte da vida do leitor, como Césc Fabregas, que é citado no começo do livro. Beatles, um poema de Pablo Neruda, entre outros. Enquanto isso é interessante, um ponto que eu particulamente não gostei, foi a forma como Stephanie monta os seus personagens. O leitor sentirá ódio ou amor por Anna e St. Clair, mais jamais vão sentir algo a mais do que um simpátia pelos demais personagens, a não ser pelos inimigos de Anna. Mas ao contrário de muitos personagens atuais, Anna Oliphant não é uma menina metida, enjoada, estúpida, ignorante, pelo contrário, parece ser uma pessoa legal, a qual todo mundo queira estar perto, mesmo que a própria pense ao contrário.

Não sou o tipo de pessoa que gosta de livros românticos, e se perguntarem se o romantismo é o que mais me chamou atenção, a resposta é claro e rápida: não. Mais conhecer Paris, conhecer alguns costumes dos parisienses, ver o desenvolvimento dos personagens, torcer para que o final tudo acabe bem, não só para o casal, torcer e dar risada quando a personagem principal ataca sua inimiga, e quando o 'amigo' da principal ataca outra pessoa para defendê-la e também dar risada disso, com certeza é muito, mas muito legal. É um livro para rir, para chorar, para torcer, se orgulhar, chingar, enfim. Um livro fácil, que envolve o leitor do começo ao fim, até por que, os personagens são gente como a gente, pelo menos pra mim, já que temos as mesmas idades.

Nota 4 de 5!