Confesso que é dificil escolher o que marcou mais a semana,  a unica certeza é que o futebol seria mais uma vez o ponto mais importante dos últimos dias. No sábado (16) a Argentina, que sedia a Copa América 2011, foi eliminada frente o Uruguai, ainda nas quartas-de-finais. Nessa mesma fase, o Brasil perdeu hoje (17) lamentávelmente para o Paraguai, depois de um empate no tempo normal e na prorrogação, e na disputa dos penaltis, os terríveis jogadores do técnico Mano Menezes erraram TODAS as cobranças. Mas havia uma última notícia que entraria para a história do futebol: a Seleção Japonesa de Futebol Femina se sagrou nessa tarde, campeã da Copa do Mundo de Futebol Feminino, um título inédito, não só para as meninas, mas para todo o futebol japonês, que jamais havia conqusitado um campeonato organizado pela FIFA, instituição máxima do futebol, e claro essa é a imagem da semana.

Os EUA, como sempre, chegou à Alemanha, sede desse mundial, sendo uma das favoritas, ao lado de Brasil, e das próprias anfitriãs. Com o passar das partidas, algumas jogadoras americanas foram se destacando, principalmente a goleira-musa Hope Solo, além de Wamback e Rapione. Na primeira fase, as norte-americanas passaram fácil por Colômbia e Córeia do Norte, perdendo apenas para a Suécia, no último jogo da fase, quando ambas já estavam classificadas. Ao ficar em segundo lugar do Grupo C, as meninas dos EUA foram para as quartas-de-finais onde enfrentaram a seleção de Marta & cia, porém nem a melhor jogadora do mundo parou as norte-americanas. Depois de um jogo complicado, com um gol contra da zagueira Daiane, a superioridade do Brasil era evidente, porém, o jogo terminou empatado em 1 a 1. Depois de ir para a prorrogação, Marta logo fez o segundo gol brasileiro, mas, quando todos pensavam que o Brasil já estava classificado, eis que surgiu a figura de Wambach (lembra que falei que ela tinha sido um dos destaques?) e fez o gol de empate, o que levou a partida para as penalidades máximas. Nos penaltis, reinou a figura da linda Solo, que pegou o penalti da mesma Daiane que havia feito o gol contra. Resultado: Brasil eliminado, e EUA pegariam a França nas semi. Nesse jogo, as norte-americanas tiveram maior facilidade para jogar, e com 3 a 1, inclusive um gol de Wambach, garantiu a vaga para a final.
Solo, sua linda!!

Enquanto isso, as japonesas foram passando por seus adversários. Jogo a jogo, as japonesas se superavam, e fizeram aquilo que ninguem imaginava. Na primeira fase, em um grupo que tinha Inglaterra, México e Nova Zelândia, ganharam 2 partidas, com direito à um chocolate contras as mexicanas, e perderam apenas para as inglesas, grandes favoritas do grupo. No mata-mata, as japonesas, comandadas pela capitã Homare Sawa, derrotaram logo de cara as donas da casa, em um jogo que terminou em 1 a 0. Nas semi-finais, foi a vez das suecas serem derrotadas pela seleção asiatica, que garantiu o que seria a quarta final de uma seleção japonesa na história do futebol no país. Antes do último jogo da competição, as jogadoras disseram que fariam o possível e impossível para conquistar um título para as famílias das vítimas do terremoto de 11 de março, e toda essa garra funcionou.

A zebra da competição chegou à final sem muita gente acreditar que seria possível o título, apesar da grande torcida ser para a seleção japonesa. Já era segunda-feira na terra do sol nascente quando começou a partida, que daria ao Japão o primeiro título de sua história.

No primeiro tempo, como era de se esperar, a seleção norte-americana foi superior, e foram poucas as vezes, que o telespectador teve a oportunidade de ver a belíssima Solo. Como nos EUA, as meninas praticam o esporte já nas escolas, era vísivel a superioridade fisica, mas isso não fez com que a rede balançasse no primeiro tempo. Para amenizar as diversas tentativas de gol, as japonesas trocaram passes no meio de campo, o que ajudou para a falta de gols na primeira etapa.

O segundo tempo começou, e depois da arbitragem ter prejudicado a seleção japonesa, em um impedimento inexistente, as norte-americanas abriram o placar com Morgan, que havia entrado no segundo tempo. Com um poder ofensivo gigantesco, as norte-americanas perderam muitas chances de ampliar, e com isso, liquidar a partida, e como diz o ditado, quem não faz, toma. Depois de tentar um chute, e a bola explodir na jogadora adversária, a japonesa Miyama pegou a sobra e chutou, em chances para a bela Solo.

Com o empate, o jogo foi para a prorrogação, o que aumentou a tensão de ambos os lados. Os EUA não queriam perder um jogo para a 'zebra' (se é que podemos chamar o Japão dessa forma) e as japonesas, não queriam nadar a morrer na praia. Com toda a calma que é futebol feminino, as duas seleções jogaram os 30 minutos, sem muito aproveitar as chances de gols. A craque norte-americana Wamback, marcou para a sua seleção, e no finalzinho do segundo tempo da prorrogação, foi a vez da craque e capitão japonesa, Sawa, empatar novamente, para felicidade de toda uma nação, que ainda via chances de conquistar este título inédito.

Já nos penaltis, a imagem que brilhou foi da goleira japonesa Kaihori, que pegou uma das cobranças. Como já havia acontecido contra o Brasil, novamente quando a belíssima goleira norte-americana acertou o canto, defendeu, mas não foi suficiente. As japonesas convertaram três, das quatro cobranças, enquanto os EUA converteu apenas uma delas. No final, o Japão faturou um título inédito, e muito mais que merecido para esse povo, que mais uma vez mostrou que sabe se recuperar de uma tragédica.

4 Comentários

  1. Que Pena que foi só na feminina... o J.F.A Masculino de como é chamado a seleção, deveria mostrar mais força e garra e conquistar um titulo!

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  2. Eu ainda acredito que a seleção masculina ainda chegará lá. Vai ser muito bom ve-los como campeões do mundo.

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  3. (Y) sempre torcereii contra o brasil, ainda mais que sou um dos que ama o japao nao só o time mais o pais!

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  4. O futebol no Brasil está caindo cada vez mais, prova disso foi a Copa América, bem como a seleção Sub-20 ontem. Lamentável!!

    Também curto o Japão, alias, se pudesse escolhar meu país de origem, não pensaria duas vezes para escolhe-lo. Só perderia pra Itália :X

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