Santuário (Sanctum)


Resenha: Filme do mesmo criador do sucesso Avatar, Santuário conta um suspense real, onde a sobrevivência debaixo d'água é o ponto mais importante. Rico em belíssimas imagens - um verdadeiro Santuário da Mãe Natureza - o filme te prende do começo ao fim, te deixando com um sentimento de angústia por saber que aquilo de fato aconteceu.
Santuário conta a história de Josh (Rhys Wakefield), filho de um dos melhores exploradores do mundo, que cresceu sendo obrigado à participar dessas explorações, sem que o pai perguntasse se era isso mesmo que ele queria. Seu pai, Frank (Richard Roxburgh), está em uma das suas aventuras mais esperadas, afinal, sua equipe está prestes a revelar ao mundo uma caverna onde homem algum jamais esteve. Para completar o time de aventureiros, estão além de Josh, o financiador dessa aventura toda, Carl Hurley (Ioan Gruffudd) e sua namorada, Victoria (Alice Parkison). Mas a sorte não estava do lado dos nosso aventureiros. O tempo vira, e uma tempestade fecha a única saída da caverna, o que faz com se inicie um jogo de sobrevivência, já que com a chuva, a caverna será inundada em pouco tempo, e eles precisam procurar por entre as águas dessa caverna, uma nova saída.
A partir desse momento, o filme ganha imagens desesperadoras, onde cada um dos sobreviventes precisam se esforçar para continuar vivo. Ao longo das cenas, a situação se complica cada vez mais, e aos poucos, cada um dos aventureiros vão perdendo a vida. Para que consigam a sobrevivência, as personagens precisam muitas vezes fazer escolhas, e são essas escolhas que vão definir se elas continuam ou não vivas. Como sempre em um jogo de sobrevivência, aos poucos os únicos itens que os 'jogadores' possuem vão acabando, e é o que acontece nesta aventura. O ar, tão importante já se torna impossível, e as personagens precisam improvisar. Além de tudo, há um momento importante, que acho importante ressaltar: Josh, o personagem principal, havia ganhado um colar-laterna feito de um animal que seu pai havia matado, depois de brigar com o pai, este decidiu jogar o presente fora, desistiu e posteriormente usou deste mesmo colar para iluminar, já que havia acabado a bateria de sua lanterna. O pai já havia pensado em tudo. Será?
As cenas com certeza são excelentes. O desespero de estar debaixo d'água, precisando economizar oxigênio, além de ter que buscar uma saída, já que como eu disse, era uma caverna inexplorada, faz com que as cenas fiquem ainda mais reais. O que é uma pena são os atores.
Não são todos os atores que merecem ser criticados, mas com certeza, escolher Rhys Wakefield para fazer um cara que precisava ter coragem para sobreviver à esse perigo todo, foi pedir demais e acabar com todo o brilhantismo que poderia haver em Santuário. Está certo que era pra ser um adolescente revoltado que não aguentava mais viver com um pai ausente, mas ele é muito ruim para este papel. Em compensação os demais atores, são realmente bons, passando toda a angústia que estão vivendo, principalmente Richard Roxburgh, que faz o papel de um pai durão, mas no fundo é um bom homem, apenas gosta de viver a vida do seu jeito. Esse atores fazem você sentir toda a apreensão que os reais passaram.. Você se sente na pele deles.
Dizer que é um filme horrível, é querer ser duro demais. É uma história real, e sabendo disso, você assiste com outros olhos. Há cenas incríveis, principalmente quando as personagens estão debaixo d'água. Recomendo Santuário para todos os amantes de filmes, principalmente por ser dos mesmo criadores do sucesso Avatar. Se preparem para ver dor, sangue, morte, e um ator que seria melhor deixar de lado. Se você se surpreende fácil principalmente quando é um filme verídico, é melhor ficar longe das poltronas.
Vale lembrar que é um filme com tecnologia 3D, e apesar de não ter visto assim, tenho certeza que é algo que deve ser visto. Creio que o 3D deve ser ainda mais impressionante, mesmo que pelo que já ouvi falar, essa tecnologia debaixo d'água não deu muito certo... Filme nota 9!

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