Rango


Resenha: Sem dúvidas, grande parte das pessoas que foram aos cinemas do mundo todo assistir ao filme Rango, dirigido por Gore Verbinski (Piratas do Caribe), queriam apenas prestigiar mais um dos trabalhos de Johnny Depp. Acredito também que muitas dessas pessoas saíram do cinema decepcionados, depois de uma animação muito bem trabalhada, porém com uma história nem um pouco empolgante.
Rango (Johnny Depp) é um camaleão que vive em um aquário na cidade grande, e certa vez, após um pequeno acidente na estrada, se vê perdido em uma vida que jamais esperou: no meio do deserto e sendo perseguido por um falcão. Depois de conseguir se livrar do falcão, Rango conhece a camaleoa Feijão (Isla Fisher) e a cidade de Vila Poeira, no velho Oeste, um local sem leis onde há os mais estranhos habitantes. Nesse lugar, a água está cada vez mais escassa, e a chegada de Rango é vista como a chegada de um herói que resolverá todos os problemas. O novo xerife Rango, precisa se passar por um ser completamente diferente, e não encontra uma saída, a não ser viver as mais diversas aventuras para tentar salvar os habitantes de Vila Poeira, com ajuda de Feijão e de outros habitantes que passaram a estar do seu lado.
 Apesar de ter sido criado pela Nickelodeon Movies, o filme Rango nos traz personagens muito bem trabalhados, mas nem por isso bonitinhos, que geralmente são feitos para agradar as crianças. Além de um camaleão, temos sapos, ratos, cobras, entre outros, porém, nenhum deles com uma cara carismática, pelo contrário, muitas vezes poderiam até ser assustadores para algumas criança. – afinal, o filme é de Classificação Livre, ou seja, indicado a elas – Acredito que a ideia de personagens sem a tal fofura, característica dos filmes infantis, seja a verdadeira intenção, até porque é um filme em homenagem ao velho Oeste. Por falar em homenagens, temos diversas cenas que lembram outros clássicos, o que pode também agradar aos grandes fãs de cinema.
 Além da animação, que é um dos ótimos pontos do filme, temos a trilha sonora, que novamente lembra e muito os filmes de faroeste, além de quatro corujas que contam a história do herói de uma maneira muito simpática e divertida. Diversão essa que acompanha a história do camaleão ao longo dos 107 minutos de filme. Não gargalhamos o tempo todo, mas quando isso acontece, é porque a cena realmente foi ótima. Ação também não falta em Rango, que vai desde trocas de tiros a fugas do falcão citado no inicio e até de dentro de um galão d’água.
Uma ótima trilha sonora e desenhos muito bem feitos e reais, porém até a metade do filme, Rango é cansativo e sem muito que guardar para a continuidade. Isso muda apenas na reta final, quando Rango descobre uma maneira de resolver todos os problemas e se transformar no herói que sempre sonhou ser. Com isso, Rango nos mostra que as atitudes que tomamos, na maioria das vezes, podem mudar a nosso destino, seja positivamente ou não. O único ponto negativo, como já disse, é a história, que achei muito simples e pouco empolgante.

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