Um jovem baixista, que é considerado por muitos, um dos maiores do mundo, e não apenas por ser dono de características únicas, mas também por fazer parte de uma das maiores bandas de heavy metal do mundo. O nome desse norte-americano que perdeu a vida há exatos 25 anos, com apenas 24 primaveras é Cliff Burton, responsável pelo baixo do Metallica nos primeiros quatro anos da banda.
Clifford Lee Burton nasceu na cidade Castro Balley, na Califórnia, em 10 de fevereiro de 1962. Por mais incrível que possa parecer, o interesse de Cliff pela música surgiu quando tinha apenas 10 anos e seu pai lhe apresentou o Jazz. Não demorou muito para passar a fazer aula de teclado, mas três anos depois largou o teclado para aprender a tocar baixo. Como havia perdido o irmão, Cliff declarou que se tornaria o maior baixista por ele, Scott Burton.
Ao terminar o Ensino Médico, Cliff foi estudar música, onde conheceu Jim Martin, ex-guitarrista do Faith No More. Foi com Martin que Cliff se apresentou pela primeira vez. Em 1982 entrou para sua primeira banda, Trauma. Foi em uma das apresentações do Trauma, que Cliff conheceu James Hetfield e Lars Ulrich. Ambos haviam criado o Metallica no ano anterior, e ao ouvir um solo nessa apresentação do Trauma, chegaram a pensar que era um solo de guitarra. Só depois então descobriram que na verdade aquele era um solo de baixo, e não de guitarra como haviam pensado. Hetfield conta que "Nós (Hetfield e Ulrich) ouvimos este solo selvagem acontecendo e pensei, 'Eu não vejo nenhum guitarrista lá em cima." Nós dois estávamos contando as cordas, e eu finalmente me virei para Lars, e disse: 'Cara, isso é um baixo!' Cliff estava lá no palco com sua banda, com um pedal wah wah e seu enorme tufo de cabelos vermelhos. Ele não se importava se as pessoas estavam lá. Ele estava olhando para o seu baixo, tocando".
Hetfield e Ulrich convenceram Cliff a assumir o baixo do Metallica, e depois de fazer um pedido, ele enfim entrou para a banda que mais tarde se tornaria a maior banda de metal do mundo. O primeiro álbum de Cliff no Metallica é também o primeiro de estúdio do grupo liderado por Hetfield. Lançado em 1983, Kill 'Em All foi muito bem aceito pela crítica, e Cliff teve grande responsabilidade nisso, principalmente pela música instrumental (Anesthesia) Pulling Teeth, que é um solo de baixo com um pequeno acompanhamento de bateria e efeitos jamais usados por baixistas anteriormente.
O nome de Cliff continuou sendo marcante nos próximos do Metallica, não apenas por suas composições, como também pelos efeitos, que continuaram sendo usados. Seu último álbum foi Master of Puppets, lançado em março de 1986, que aborda o conceito da dominação e é considerado por muitos o maior álbum do metal na história, vendendo até hoje, mais de 6 milhões de cópias, só nos EUA. A faixa que dá nome ao álbum era também a canção favorita de Cliff.
Em 26 de setembro de 1968, Cliff faria sua última apresentação em Estocolmo, na Suécia. No dia seguinte, um acidente na comuna de Ljungby, tiraria a vida de Vossa Majestade, um dos maiores baixistas da história, Cliff Burton. No acidente, o ônibus em que o grupo estava derrapou no gelo e capotou, jogando o baixista para fora do veículo, que ao capotar, caiu em cima de Cliff.
O mundo perdeu precocemente um excelente baixista, e em sua lápide ficará escrito eternamente a frase Não poderia o Reino da Salvação me levar para casa? (Cannot The Kingdom of Salvation take me home), escrita por ele mesmo na canção To Live Is to Die.
“Nós nunca teríamos escrito harmonias de guitarra ou instrumentais ou músicas com melodias tão complexas e orquestrações sem Cliff. Nós não estaríamos onde estamos hoje sem ele” - James Hetfield
Cliff Burton - 10/02/1962 - 27/09/1986

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