Foto - Fonte das Informações: Nilton Fukuda/AE - G1
Depois de duas semanas, Elize Kitano Matsunaga, de 38 anos, confessou ter assassinado e esquartejado o marido, Marcos Kitano Matsunaga, Diretor Executivo da empresa alimentícia Yoki. O crime aconteceu na noite do último dia 19, em São Paulo.
O caso movimentou as páginas policiais na segunda-feira (4), quando a polícia pediu a prisão temporária de Elize Matsunaga. Até então não se sabia quem havia assassinado o executivo de 42 anos, que teve partes de seu corpo encontradas no dia 27 de maio. A polícia tinha imagens do circuito de segurança do prédio em que a vítima morava e nela mostrava Marcos entrando em seu apartamento, mas não saindo.
No dia seguinte Elize foi presa e passou por um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), mas afirmava não ter participação no crime. A polícia disse que Marcos deveria ter sido baleado antes de ter seu corpo esquartejado e que nas câmeras de segurança havia uma imagem da mulher deixando o apartamento com três malas, onde estaria o corpo.
Apenas na quarta-feira (6) que a viúva confessou ter baleado, esquartejado e ocultado o cadáver de Marcos Matsunaga. Elize disse que assassinou o marido e só depois de doze horas o esquartejou, foi quando colocou as partes do corpo na mala e deixou o apartamento, seguindo para Cotia, onde espalhou os sacos plásticos na Estrada dos Pires, Região Metropolitana de São Paulo. No depoimento, que durou cerca de oito horas, Elize afirmou ter cometido o crime por desconfiar que seu marido estivesse lhe traindo e que só atirou após ter sido agredida por Marcos, no meio de uma discussão sobre a guarda da filha.
Ainda na noite de quarta-feira, Elize participou da reconstrução do crime no apartamento onde vivia com o marido e a filha de 1 ano. A reconstrução se arrastou até a madrugada de quinta-feira (7). Em entrevista, o perito Ricardo da Silva Salada disse: “Todos os locais estavam coerentes com os vestígios encontrados. Ela atirou nele na sala e depois o arrastou até um quarto de hóspede, a uma distância de 15 metros. O luminol indicou por onde ela foi arrastado e depois onde o esquartejou, no banheiro da empregada. A versão dela foi comprovada com reagentes. Um destes reagentes comprovou que se trata de sangue humano. Agora o exame de DNA deverá comprovar que é o sangue do Marcos. Com a simulação, temos a comprovação de toda a dinâmica do crime”.
A filha do casal estava dormindo no apartamento no momento em que o pai era assassinado e ficou com a babá durante o dia seguinte, enquanto a mãe se livrava do corpo de Marcos. Os familiares da vítima ainda não se manifestaram se desejam ficar com a guarda da criança.
A polícia informou na noite de sexta-feira (8) que vai pedir a prorrogação da prisão de Elize e que tentará deixá-la presa até o dia do julgamento. A mulher, bacharel em direito e técnica em enfermagem, está isolada em uma cela da cadeia de Itapevi, na Grande São Paulo, e cumpre prisão temporária até o próximo dia 28.