Foram duas décadas de muita música e que fizeram com que o nome de Cássia Rejane Eller jamais fosse esquecido e assim ela se tornasse um dos grandes nomes da nossa música, mas que infelizmente nos deixou cedo há exatos dez anos.
Carioca, Cássia Eller nasceu em 10 de dezembro de 1962 e recebeu esse nome por causa da devoção de sua avó por Santa Rita de Cássia, santa italiana que viveu no século XIV. Antes de a música lhe conquistar, Cássia, além do Rio, morou em Belo Horizonte, Santarém, no Pará, e Brasília. Ganhou seu primeiro violão, aos 14 anos e desde então a música entrou em sua vida para nunca mais sair.
Quando se mudou para Brasília, aos 18 anos, a música passou a estar ainda mais presente na vida de Cássia. Cantou em corais, óperas e musicais. Também participou de um grupo de forró e de um trio-elétrico, além de tocar surdo em uma escola de samba. Um ano depois, em 1981, participaria de um espetáculo de Oswaldo Montenegro e assim o Brasil e o mundo conheceria de vez uma das melhores cantoras que o país já viu.
Apesar disso, sua carreira demorou a decolar e isso aconteceu só no final da década de 80, quando assinou pela primeira gravadora. Em 1990, gravou seu primeiro disco, autointitulado e com 11 faixas, sendo que apenas uma delas foi composta pela própria Cássia Eller, característica marcante da carioca, que sempre foi uma interprete e não uma compositora. As outras duas únicas composições de Cássia Eller apareceriam no seu segundo álbum de estúdio, lançado em 1992 com o título O Marginal.
Nos anos seguintes, a cantora gravaria outros três álbuns de estúdio, além de álbuns ao vivo e DVDs, até chegar o ano e 2001, que seria de extrema importância para a cantora, que logo nos primeiros dias participou da terceira edição do Rock in Rio. Ela ainda se apresentaria mais de 90 vezes, gravando um DVD que contou com a participação de nomes importantes, técnica e artisticamente falando.
Homossexual, teve um filho com o baixista Tavinho Fialho, que foi criado, após a morte dos pais, pela companheira de Cássia, Maria Eugênia Martins. Vossa Majestade faleceu as vésperas do réveillon de 2002, aos 39 anos, devido a um enfarte do miocárdio e está sepultado no Cemitério de São João Batista, mesmo lugar onde estão enterrados Rodrigo Netto e Tom Jobim.
“Eu não sei me definir. Nunca soube muito bem dizer quem eu sou. Só sei que sou alguém que gosta de escutar todo tipo de música. Gosto de música em geral. Gosto demais de blues e rock e também gosto de baladas. A música clássica também me comove. Na verdade, escuto de tudo. Meu repertório surge a partir do momento que estou vivendo.” – Cássia Eller, em entrevista para a Folha.
Cássia Eller - 10/12/1962 - 29/12/2001

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