Splice - A Nova Espécie (Splice)

Sinopse: Clive Nicoli (Adrien Brody) e Elsa Kast (Sarah Polley) ficaram famosos no meio científico pelas suas experiências na combinação do DNA de vários animais, gerando criaturas bizarras. Eles são apaixonados, tanto pelo trabalho que fazem quanto um pelo outro. Agora eles querem dar um passo adiante e combinar o DNA de animais com o de seres humanos, só que seus financiadores vetam a ideia. Eles seguem adiante com a iniciativa, em segredo. O resultado desta experiência é Dren (Delphine Chanéac), um ser cujo ciclo de vida extremamente rápido faz com que atinja a fase adulta em questão de meses. Clive e Elsa tentam manter Dren em segredo, mas logo a ligação entre eles deixa de ser meramente científica para se tornar pessoal.
Resenha: Ficção Científica e Monstros é uma combinação que agrada a muitos,  mas que em Splice esse casamento fica definitivamente distante de ter um final feliz,  isso é realmente uma pena. O fato do casal Clive (Adrien Brody) e Elsa (Sarah Polley) criarem uma nova espécie, diferente de tudo aquilo que ambos já haviam feito, e esconder isso de todos, é talvez algo que qualquer pesquisador faria, talvez por medo?
O que talvez ninguém imaginasse, é que Elsa usaria o próprio DNA para tentar essa nova espécie, logo, esse novo ser seria parecida sentimentalmente com Elsa. Sabendo que Dren (Delphine Chanéac), o ser criado, é parte de si mesmo, claro que a cientista não iria querer acabar com tudo, antes que isso se tornasse uma confusão gigantesta, e pra piorar começa a tratar Dren como se fosse filha do casal. Clive, que no começo foi contra a vida desse novo ser, se vê obrigado a tratar Dren como sua companheira desejava, até mesmo salvando o fim precoce que o ser tomaria em um determinado momento do enredo.
O desenvolvimento do filme em si é muito bom, até mesmo o fato de Dren ter um crescimento acelerado, é bem retratado, não deixando de lado as 'mudanças'. Crescimento esse que começa a causar problemas ao casal, já que Dren começa a representar um perigo para ambos, e porque não para a sociedade? Precisando esconder o experimento de todos, o casal leva a criatura para uma antiga casa de Elza, e lá que ocorre as cenas mais tensas do filme, como um ataque que Dren fez contra sua criadora, e a relação sexual de Clive com Dren. Esta relação que inclusive não foi 'rejeitada' pelo cientista, o motivo? Obvio: ele via sua amada no rosto do ser criado pelo casal.
Rico em detalhes, principalmente no novo cenário - a antiga casa - o que deixa a desejar em Splice com certeza é os atores. Não que a atuação de Brody, Polley e Delphine (os principais) estejam ruins, longe disso, mas você não vê um cara com cabelo emo, sendo um cientista que pode revolucionar o mundo da ciência. Não que uma pessoas assim não pode fazer tamanhas descobertas, mas Brody está mais pra um adolescente mimado do que um cientista possível Prêmio Nobel. Outro ponto que o diretor Vincenzo Natalli tenha pecado, foi no final, ou será que só eu achei estranho o filme terminar sem falar o que aconteceu com Elza depois de 9 meses? É um filme criativo, com uma história envolvemente, mas longe de ser o melhor, sendo até legal assisti-lo para passar o tempo.

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