O Discurso do Rei (The King's Speech)


Resenha: Mais um filme com histórias surpreendentes da realeza britânica, e mais um sucesso de bilheterias e prêmios. Indicado em 12 categorias no Oscar 2011, faturou quatro estatuetas, inclusive a de Melhor Filme, prêmio mais do que merecido. A história começa com Príncipe Albert, Duque de York (Colin Firth), filho do Rei George V (Michael Gambon), fazendo um discurso no Estádio de Wembley, o problema é que o príncipe sofria de gagueira, e teve dificuldade para discursar. Sendo da realeza, o príncipe não poderia ter essa dificuldade, e por isso ele tenta de todas as formas se livrar desse problema, mas não consegue. Então, Elizabeth, Duquesa de York (Helena Bonham Carter) convece seu marido a tentar a ajuda de Lionel Logue (Geoffrey Rush), um fonoaudiologo australiano que ganha um papel importantíssimo na história do Duque de York. Após recusar ajuda em alguns momentos, o príncipe enfim aceita, e é usado várias formas para que ele consiga perder a gagueira. Nesse meio tempo, o rei George V falece, e o irmão mais velho do Príncipe Albert assume o poder. Eduardo VIII (Guy Pearce) logo abdica do poder, e quem assume o trono é o até então Duque de York, que passa a ser conhecido agora como George VI, o rei gago.
O drama vivido por uma pessoa da realeza, dá uma lição de vida. Muito bem retratado, e principalmente muito bem atuado por Colin Firth, e não é atoa que esse foi considerado o melhor ator. Colin está expecional, conseguindo mostrar o verdadeiro drama de George VI, seja nos momentos de estresse, ou até mesmo nas horas que ele está tentando falar, e não sai nada. A insegurança vivida pelo rei, e estrelada por Colin mostra uma agonia e é aí que a participação de Geoffrey Rush se completa e fica magnifica.
Mas para os personagens ficarem perfeitos, claro que o figurino tinha que estar a altura, e isso é o que realmente acontece. Elegância é o que não falta em O Discurso do Rei, principalmente na bela Helena Bonham. É realmente uma pena que esse prêmio não tenha ido para Jenny Beavan, mas se o prêmio de Melhor Diretor foi para Tom Hooper, já está valendo. Ele é um cara que devemos passar a dar mais atenção daqui pra frente.
Se para ser melhor filme, alguma cena deva ficar na cabeça de todos que assistirem, a cena final do filme não vai ser esquecida facilmente. Depois de todo o seu tratamento, o rei chega para fazer um dos discursos mais importantes de sua vida, em pleno tempo de guerra, e com a ajuda de seu fonoaudiologo ele comove a todos, sejam os que estavam presentes, como quem assisti o filme. Os patriotas vão se deliciar com essa parte, pois diferete de seu irmão, George VI honrou seu país e seu povo, e tranquilizou o mesmo. Melhor cena dos filmes dessa temporada. Filme esse que é ótimo, e com certeza, como já disse lá no começo, as quatro estatuetas foram merecidíssimas. Os filmes britânicos também podem marcar época.

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