Desde
que conheci a nossa entrevistada de Outubro, a achei hiper simpática e
atenciosa. Quando terminei de ler seu livro, decidi que a convidaria para ser
uma das entrevistadas do De Olho Neles, afinal, há muito coisa interessante
sobre seu trabalho que poderia estar presente nessa entrevista. Quando fiz o
convite, ela prontamente aceitou e isso gerou uma, acredito eu, ótima conversa
entre leitor-autor. Conheça então o trabalho da nossa parceira, Mallerey
Cálgara, autora do livro Anjo Negro:
Aproveite
para ler e comentar a resenha do livro clicando aqui. Quando atingir 10
comentários irei sortear marcadores autografados.
(Logo
depois da entrevista tem o convite para o lançamento de Anjo Negro em Belo
Horizonte. Quem for da região não pode perder)
Foto do Facebook da Autora |
OverShock
- Olá Mallerey. Primeiramente gostaria de agradecer novamente pela parceria e
dizer que é um prazer enorme ajudar na divulgação de seu trabalho. Pretendo com
essa entrevista, mostrar um pouco da Mallerey aos Overshoquenses.
Mallerey
Cálgara - Eu que agradeço o carinho e o apoio. Será um prazer responder as suas
perguntas.
OverShock
- Jogo Rápido
Nome
completo: Mallerey Cálgara
Cidade/Estado:
Belo Horizonte/MG
Data
de Nascimento: 10/02/1971
Estado
civil: Divorciada
Time:
Cruzeiro
Profissão:
Escritora
Estilo
de música: Tecno/Eletro
Prato
preferido: Macarrão
Filme:
Um Amor para Recordar
Autor:
Roberto Drummond
Frase:
“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.
OverShock
- Antes de lançar seu primeiro livro, você trabalhava como comissária de bordo.
Esse era seu sonho desde menina, ou trabalhar com isso surgiu por acaso? Como
foi essa experiência?
Mallerey
- Desde que me lembro sempre fui apaixonada por aviões e fardas. Acho que se eu
tivesse tido oportunidade teria me tornado um piloto da esquadrilha da fumaça
kkkkk Ser comissária de bordo foi uma alternativa, uma maneira de estar perto
do que gosto. Trabalhei por um bom tempo, e claro, como em todas as profissões,
tem suas vantagens e desvantagens, mas posso dizer que foi uma experiência
maravilhosa. Tanto que minha filha também se tornou comissária.
“Nem todos os anjos nascem iguais, como os Neefilins, que são filhos de anjos caídos e de humanos. Vivem nos dois mundo e, devido a suas constantes passagens diretas pelo inferno-terra, obtiveram a salvação.”
OverShock
- Uma das coisas que mais chamou a minha atenção, além de seu livro é claro, é
o trabalho que você faz ao lado de sua filha em um abrigo de cães e gatos. Há
quanto tempo existe esse abrigo? É difícil mantê-lo? Há alguma forma das
pessoas colaborarem com esse seu projeto?
Mallerey
- Nosso abrigo existe há mais de 10 anos e posso lhe afirmar com toda certeza,
nunca fui tão feliz e amada em toda a minha vida cuidando deles. Podemos
aprender muito com os anjos de quatro patas, a respeitar as diferenças e o
verdadeiro significado das palavras amor e companheirismo. Às vezes não é fácil
mantê-los, tem-se um custo muito alto e somente eu e minha filha que somos
responsáveis por eles, a única ajuda externa é a da clínica veterinária que
sempre os levamos e que nos ajudam dividindo em longas parcelas as nossas
despesas. Os animais que chegam aqui não vêem passar férias, de banho tomado e
nem de pompom. São animais que foram abandonados, doentes, que por mais que cuidemos
deles, temos que levá-los a veterinários e alguns chegam a ficar internados,
tem-se o custo de remédios e alimento, que eu faço questão de comprar as
melhores rações existentes no mercado. Nosso sonho era parar um caminhão de
ração na nossa porta kkkkk Nos nunca fizemos uma campanha para angariar fundos
para o abrigo e nem pensamos nisso, os resgatamos porque gostamos de fazer
isso. Alguns conseguimos arrumar um lar e outros vão ficando e terminam sendo
da família. Hoje temos só 10 cachorros e 26 gatos.
OverShock
- Você tem três obras de ficção já escritas, mas Anjo Negro é sua primeira
publicação. Foi também a primeira a ser concluída? E como foi o processo de
escrita e publicação do seu livro?
Mallerey
- O Segredo da Caveira de Cristal foi o primeiro e Anjo Negro o segundo. Para
escrevê-los fiz muitas pesquisas, o que é muito gostoso porque aprendemos
muitas coisas também. O mais difícil foi publicar. Quando não se tem um nome e
nem conhecidos você se torna mais um, e muitos nãos surgem, até a sorte bater a
sua porta com alguém que realmente leu o seu trabalho, e lhe dá um voto de
confiança.
”Somente suas verdadeiras atitudes é que irão definir o que você é, portanto, não se preocupe com o que dirão sobre você, e sim o que realmente pensa a seu respeito.”
OverShock
- Sempre sonhou em ser escritora? Algum – escritor ou livro – lhe inspirou para
realização desse sonho?
Mallerey
- Sempre gostei muito de ler, mas nunca pensei em me tornar uma escritora.
OverShock
- Quando surgiu a ideia de escrevê-lo (Anjo Negro)? Houve alguma inspiração?
Mallerey
- Surgiu no início do ano passado, depois de muito ouvir das minhas irmãs que
eu deveria colocar no papel as histórias que eu contava para meus sobrinhos.
Além de ler, gosto muito de filmes e animes, creio que tudo isso serviu de
inspiração para o meu começo.
“O medo e o mau pressentimento já haviam me dominado por completo, mas não havia alternativa a não ser esperar, e ver o término dos acontecimentos, em outras palavras, seguir em frente.”
OverShock
- Diversos dos comentários sobre o livro Anjo Negro, dizem que são poucos os
livros que falam sobre os Neefilins. Isso que motivou a falar sobre esse tema?
Mallerey
- Sinceramente não. Quando comecei a escrever o Anjo Negro, fiz muita pesquisa
também como disse, porque queria uma história de anjos, mas não sobre os anjos,
alguma coisa diferente. Então foquei minha pesquisa neste diferencial e
acrescentei um pouco de mitologia grega, que também curto muito, um pouco de
comédia e acontecimentos reais.
OverShock
- Há momentos que o livro é escrito em primeira e outros em terceira pessoa.
Essa é uma característica marcante de Mallerey e que poderemos ver em outras
histórias escritas por você?
Mallerey
- Não sei se posso dizer marcante, mas irão encontrar em outras histórias sim,
dessa maneira acho mais fácil passar as minhas ideias para o leitor, porque me
coloco ao mesmo tempo no lugar da pessoa que narra e na pessoa que escuta uma
narrativa.
“Amava minha mãe mais que a minha própria vida e isso me impedia de aceitar que ela era livre para fazer suas escolher e errar.”
OverShock
- Ao ler Anjo Negro, uma história que se passa no século XVII, em diversos
momentos senti como se tudo se passasse em uma época mais próxima. Essa era a
sua real intenção?
Mallerey
- Sim, eu queria que o leitor criasse o seu próprio ambiente, que soltasse a
sua imaginação dentro da minha história. Escolhi o século XVII como ponto de
partida, coloquei alguns fatos reais acontecidos na época como o final da peste
negra, a reconstrução da cidade de Londres, o incêndio na padaria, o Tsuname, a
nevasca etc... Não quis colocar muitos detalhes dos lugares, se não tornaria um
livro sobre Londres e os acontecimentos do século. Coloquei-os sutilmente no
livro, e tenho certeza que passaram despercebidos para muitos. Foquei mesmo no
drama de Darian e não no ambiente onde a história se passava, isso eu deixei
com o leitor mesmo.
OverShock
- Qual seu personagem preferido? Qual momento mais te marcou em toda a trama?
Mallerey - Todos são meus
preferidos, cada um com sua singularidade. Gosto até das criaturas das trevas
kkkkk
Um momento bem bacana é quando Iblis se encontra com Hadji e Darian no
umbral. Quando ele quer conversar com Darian e Hadji não deixa, então ele a
questiona sobre o livre arbítrio que tanto os anjos do bem pregam, e começa a
dizer o seu ponto de vista em relação aos acontecimentos com a mãe dele. Outro
também legal são os dois capítulos que contam a mesma coisa em versões
diferentes, a vivida por Darian e a observada por Hadji, e claro o final do
livro. Inclusive, tenho recebido muitas reclamações dele kkkkk Eu adoro!!!
“Os pensamentos em você me sufocam, sua falta me sufoca, o amor por uma imagem embaçada em minha mente me sufoca. Então deixo o soluço sair de mim na tentativa de encobrir o som que as lagrimas fazem ao escorrer pelo meu rosto ardente de saudade de você, afogando-me na solidão.”
OverShock
- Até onde você, Mallerey, iria para salvar a pessoa que você ama? Até que
ponto se sacrificaria e tudo pelo qual você lutou e acreditou?
Mallerey
- Nessa você me pegou... Me questionei o livro inteiro quanto a isso e
agradecia por não estar na pele de Darian kkkk Foi muito difícil não deixar
minha opinião e sentimentos interferirem na decisão dele. Eu com certeza iria
aos confins do mundo e sacrificaria tudo por quem eu amo.
OverShock
- Você pode nos dizer alguma coisa sobre Beco da Ilusão e O Segredo da Caveira
de Cristal, suas outras obras?
Mallerey
- Beco da Ilusão foi um livro que me emocionou muito enquanto escrevia. Tinha
partes que não conseguia nem colocar as ideias no papel de tanto chorar. Ele
começa em 1931, com a história de Yidish, uma menina judia que mudou com sua
família para Berlin, dois anos antes de Hitler subir ao poder. Ela é muito
engraçada, bem diferente dos seus irmãos. Ficou conhecendo o balé e passou a
ter um sonho, queria ser bailarina. Encaixei a história dela na cronologia dos
acontecimentos do Terceiro Reich, e como não poderia deixar de ser, na Noite
dos Cristais os alemães invadiram a sua casa e ela depois foi trabalhar em um
campo de prostituição alemã.
O
Segredo da Caveira de Cristal se passa no ano de 1460, em um reino medieval
chamado Heilland. Os habitantes já estavam desgastados com os conflitos da
época e depositaram suas esperanças no tão aguardado filho do rei, embora
muitos acreditassem que uma guerra maior estava sendo travada no ventre da
rainha, com gravidez de gêmeos. Com o nascimento das crianças, entraram em uma
nova era, onde suas vidas passaram a ser marcadas pela dor, ódio, sangue e
traição. Mortes e tramas misteriosas fazem parte da rotina dos habitantes do
Castelo, restando ao Mago e a rainha, procurarem por respostas, e ele
encontrando na divisão do seu poder e no segredo que ambos guardavam a solução
para a paz entre os reinos.
“Queria acreditar que seria possível pensar em você apenas quando fechasse meus olhos”
OverShock
- Bom Mallerey, agradeço pela sua entrevista e espero que você, e os leitores
tenham gostado. Para encerrar, deixa um recado aos Overshoquenses, e não demore
a trazer mais novidades para nós, seus leitores.
Mallerey - Eu
quem agradeço de coração ao blog Overshock e aos leitores a oportunidade de
estar aqui novamente divulgando o meu trabalho. Amei ter respondido as
perguntas! Leiam, leiam tudo que estiver a seu alcance e nunca abandonem ou
maltratem os animais, são criaturas puras e merecem o nosso amor e respeito. Espero
em breve estar retornando com mais novidades. Bjusss.
Convite
de Lançamento de Anjo Negro em Belo Horizonte
Ameih a entrevista e só tenho a desejar a Mallerey muito sucesso com os livros e com os animais. Eu sou louca por livros e animais também, aqui em casa temos 3 cachorros e 1 gato, são tratados como reis, no entanto sei que há muitos bichos sendo mortos, maltratados enfim... isso só podia partir da crueldade dos homens...
ResponderExcluirDe qualquer forma, encantei-me com a trama (li a resenha) e fiquei curiosa a respeito do livro...
bjs.
lindaaaaa... amei muito!!! Parabens e que Deus continue iluminando sua vida!!
ResponderExcluirMuito boa a entrevista. Deu até vontade de ler o livro. Parabéns
ResponderExcluirEu já havia lido o livro e achei ele ótimo. Agora depois que conheci um pouco mais sobre a autora, virei fã mesmo e estou aguardando os próximos lançamentos. Parabéns ao blog e a Mallerey por sua iniciativa maravilhosa.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário de todos vocês. Fico feliz que tenham gostado da entrevista, e para aqueles que ainda não leram Anjo Negro: não percam tempo. Vale muito a pena.
ResponderExcluir