Na madrugada da última quinta-feira (10), a Polícia Militar prendeu o traficante mais procurado do Rio de Janeiro, Antônio Bonfim Lopes, mais conhecida como Nem, chefe do tráfico na favela da Rocinha.
A ação que causaria a prisão de Nem começou ainda na favela, quando os policiais, que estavam revistando em um dos acessos da Rocinha, pararam um carro e pediram para que dois homens abrissem o porta-malas. Os homens se recusaram a abrir e então os policiais passaram a escolta-los até uma delegacia.
Segundo o delegado que trabalha no caso, no meio do trajeto os homens, que se apresentaram como um funcionário do Consulado do Congo e um advogado, ofereceram propina de cerca de R$20 mil, porém não foi aceitada, o que mostra que ainda existem policiais honestos, mesmo que poucos.
Após a oferta de propina, a Polícia Federal foi chamada e após arrombarem o porta-malas, encontraram Nem, prendendo-o imediatamente, sendo que foi levado para a Polícia Federal em seguida.
Nem nasceu em 24 de maio de 1976, e ficou conhecido por conseguir fugir da polícia em diversos momentos, inclusive por ter forjado a própria morte para conseguir este feito, apesar de que não obteve êxito. Por ser o traficante mais procurado do Rio de Janeiro, foi oferecido uma recompensa de R$5 mil para quem ajudasse em sua captura.
O traficante foi preso dias antes da ocupação da Unidade de Polícia Pacificadora em três favelas, sendo que a Rocinha foi uma delas. Essa ocupação aconteceu na manhã deste domingo (13). Diversas favelas cariocas já tiveram essa ocupação, e depois de meses de planejamento, essa ocupação enfim aconteceu na Rocinha com cerca de três mil policiais, seis blindados da PM, 18 da Marinha e sete helicópteros, sendo quatro da PM e três da Polícia Civil. Até o momento a polícia recolheu 13 armas (12 fuzis e uma submetralhadora).

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