O Noivo da Minha Melhor Amiga (Something Borrowed)


Resenha: O Noivo da Minha Melhor Amiga marca a estreia da roteirista Jennie Snyder no cinema, trazendo uma adaptação de um livro escrito por Emily Giffin, o único problema é que tudo acontece logo nas primeiras cenas e infelizmente o desfecho também não fica longe do inicio do filme, ainda assim temos ótimas cenas que não deixam o filme ser um fracasso.
Advogada, Rachel (Ginnifer Goodwin) desde os tempos da faculdade foi uma mulher certinha, e ao completar trinta anos continua com essa imagem, no entanto, após sua festa de aniversário surpresa, ela acaba transando com Dex (Colin Egglesfield), o noivo de sua melhor amiga, Darcy (Kate Hudson) e agora noivo e amiga precisam encontrar uma solução para esse sentimento que despertou novamente, isso porque, foi Rachel que apresentou Dex a sua amiga, sem saber, na época, que o que sentiam um pelo outro era maior do que uma simples amizade.
Apesar de não ter um roteiro original, e voltar a retratar a infidelidade entre amigas quando se trata de alguém do sexo oposto, o filme é leve e com um humor bem trabalhado, sem apelar para o que sempre encontramos em comédias românticas. Logo no inicio o desfecho parece ser óbvio, e por ser demasiadamente longo pode acabar sendo cansativo para alguns, apesar de algumas cenas com compensa o tempo e a pipoca.
O elenco, recheado de caras novas no cinema, merece elogios justamente por isso, sendo que o destaque maior sem duvidas vai para Ginnifer Goodwin, que não só conseguiu se sair muito bem na pele de uma mulher certinha, como também se sobressai quando precisa mudar a personalidade de sua personagem.  Já experiente Kate Hudson dispensa elogios, mais uma vez. Entre os atores, Colin Egglesfield vive um personagem que parece ser idêntico ao seu próprio ser, não que seja uma personagem interessante. John Krasinski, que interpreta o amigo de todos Ethan, vive um bom moço, o bom amigo e o amigo gay de toda essa história, não que Ethan realmente seja, e isso é claro desde o inicio da trama.
O diretor Luke Greenfield não pode ser esquecido, afinal, ele mostra em pequenos flashbacks como toda essa relação de amizade, e amor, entre as personagens principais começou. Isso colaborou para a longevidade do filme, entretanto foi um ponto forte, já que como já disse pelo menos duas vezes, desde o inicio o fim parecia estar claro e se desenrolasse apenas com os conflitos causados por essa pequena traição, o filme não teria a mínima graça. Acredite. Greenfield só peca ao usar cenas que vemos em todas as comédias românticas, e eu não estou falando de brigas, sexo ou coisas do tipo.
Para os apressados de plantão, sugiro que veja o filme mesmo após os créditos, por antes de tudo terminar, uma cena em Londres mostra Darcy chamando por Ethan, que foge da mulher. Aqueles que imaginam que isso poderá significar uma continuação estão certos, já que antes de voltar para os créditos fica claro que tem muito que acontecer nessa relação de amizade, amor e traição.

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