Falar do eleito Melhor Jogo do Ano ( Goty - Prêmio pela VGA ) é algo muito difícil, pois é quase comentar tudo sobre este jogo em um simples post, então, falarei dos elementos principais que se destacam no jogo.
   O jogo é a continuação de uma franquia de enorme sucesso, que vem se prologando desde seu primeiro jogo, que tinha gráficos simples, porém uma jogatina enorme, com um mapa gerado aleatoriamente, que poderia chegar até 6 milhões de m². De acordo com a continuação de cada jogo da série, sempre havia uma melhoria notável, desde gráficos até mapas. De fato, com o passar dos títulos de The Elder Scrolls, os mapas iam diminuindo, porém, o nível de detalhe são tão impressionantes, que transformam alguns simples quilômetros em milhões. Mas o gráfico não é o principal de Skyrim, acredite. Além de uma ambientação beirando a perfeição, desde clima, de acontecimentos paralelos a sua jogatina, de animais fazendo coisas que animais normalmente fariam, enquanto você dá um simples passeio a cavalo, o jogo conta com uma história fantástica que vai te trazer grandes horas de jogo.


   Como assim, animais fazendo coisas que normalmente fariam, enquanto você passeia a cavalo? Bem, isso é algo fantástico no mundo de Skyrim, vou tentar exemplificar o que acontece nesse universo de fantasia. Você pode estar caminhando por uma trilhar qualquer, ou criando sua própria, que pelo caminho, você vai encontrar lobos se alimentando, ou simplesmente andando, ou dormindo, coelhos correndo por todo o mato, alces bebendo água na beira de um rio, e por fim DRAGÕES! Você pode estar andando calmamente, e de repente, pode aparecer um 'bixão' destes em cima de você, pronto para te devorar. É assim que funciona o mundo de Skyrim. Sem falar dos outros moradores, que tem total interação com o ambiente, como algum morador de uma cidade, que por livre e espontânea sai de sua casa, e vai caçar algum urso algo do tipo, e pega a carne para levar para casa, ou então, fazendeiros colhendo seus legumes, ferreiros produzindo suas armas para vender para você e para os outros, alquimistas fazendo poções, ou então um bardo tocando seu alaude em alguma taverna, enfim, tudo acontece junto com o seu tempo de jogo, independentemente do que você está fazendo.
      A primeira coisa que vem na cabeça, quando se fala de RPG é : "Qual classe vou ser?". Ao contrário do antecessor Oblivion, Skyrim é totalmente livre de sistemas de classes, sendo que há três caminhos básicos, que seria de Ladrão, Mago e é claro, Guerreiro. Mas você não escolhe apenas um, você pode ser todos, se quiser. Quem sabe, um Ladrão Arcano, ou um Mago Guerreiro? Ou quem sabe, criar a própria classe, de acordo com seu gosto? Você pode! Basta 'upar' suas habilidades, em suas 'skills', com aquilo que você quiser, e são diversas opções, desde habilidades com espadas e escudos, até as magias mais devastadoras do universo de The Elder Scrolls.


      Particularmente, uma das coisas que mais surpreende na série The Elder Scrolls, são as dungeons e seus mistérios. Abrir uma simples porta nem sempre é uma tarefa fácil, quase sempre, você vai se deparar com enigmas bem elaborados, diante de um ambiente praticamente perfeito, com rochas, ou algum rio por perto, ou então, um vilarejo de uma tribo canibal, dentro de uma caverna. E o mais fantástico, é que nem sempre, as dungeons mais elaboradas, fazem parte das quests principais, mas quase sempre, das quests secundárias. Uma das dungeons que eu mais gostei, foi uma na qual há alguns elementos ao redor de um portão. Do lado esquerdo havia uma queda d'água, ao lado, alguns matos, e do outro lado uma fresta no teto da caverna, fazendo com que um raio de luz batesse diretamente no chão, e cada um destes lugares, havia uma pedra,que você poderia interagir, na qual em cada face havia a representação de um animal, águia, cobra e baleia, e mais isolado, havia um trono, e do lado uma caveira, e logo a frente da porta, um corpo de um jovem mago, junto a uma alavanca. Não foi nada fácil resolver este mistério, eu quebrei a cabeça pra descobrir a solução, até que encontrei um livro, escondido debaixo do corpo do jovem mago morto, com algumas escrituras, e havia um poema que dizia "As águias são aves fortes, voam rapidamente debaixo de um dia ensolarado; As cobras são traiçoeiras, rastejam por qualquer mato, e as baleias vivem pacificamente em baixo das infinitas águas do oceano, e tudo isso acontece enquanto o homem está sentado no seu altar". Lembrando que não é uma tradução direta do que tava escrito, mas sim, o que me lembro. Então, estava resolvido a charada, eu teria de colocar cada pedra, representando cada animal em seu respectivo ambiente, enquanto o esqueleto estivesse sentado no trono, para abrir a porta. Magnifico não?


      A literatura é algo surpreendente em Skyrim. São infinitos livros que você pode encontrar ao longo de sua jornada, todos com histórias diferentes, e bem trabalhadas, parecendo até um "Best Seller", ou algo assim. Desde títulos com poesias, até aqueles que aprofundam na história do império, ou então, aqueles clássicos de terror que contam histórias fantasmagóricas de Skyrim. E o que mais surpreende, é que estes livros, são do próprio jogo, e não livros que existem de verdade, ou seja, são histórias criadas especialmente para o jogo. Fantástico! Além de matar monstros e dragões, quando estiver cansado de tudo isso, basta sentar em um banco qualquer, ou em uma mesa de alguma taverna, e ler alguns bons livros, enquanto a hora passa.


      A história do jogo se passa 200 anos depois do seu antecessor, Oblivion, onde você joga com um personagem no qual é um Dragonborn, no qual é o único que pode absorver a alma dos dragões que você mata, para ganhar Shouts, que são poderes de dragão. No começo, você pode escolher qual lado você está, dos Imperials que são soldados, no qual apoiam o imperador atual, ou os Rebeldes ( não, não são aqueles da novela mexicana ) onde se opõe ao imperador. E tudo no jogo é uma questão de escolhas e acontecimentos, se você faz uma escolha, a história muda completamente, se você faz outra, a história é totalmente diferente. Um exemplo, é quando você vai pela primeira vez para Whiterun que seria a primeira cidade do jogo, depois do vilarejo Riverwood. Quando você chega lá, vai encontrar um gigante destruindo uma fazenda e alguns guerreiros atacando ele. Se você ajudar estes guerreiros, você terá uma linhagem de história diferente da qual se você não tivesse ajudado. Isso é simplesmente fantástico.
 
   Por fim, quests. Quantas quests você acha que tem Skyrim? 100? 200? talvez umas 500? Errado! O jogo tem quests infinitas! Isso mesmo, você pode fazer quests para sempre, graças a um sistema no jogo no qual gera quests aleatórias, do tipo roubar algo, matar alguém, ir a algum lugar, e é tudo gerado de uma forma aleatória, que garante prologar a vida útil do jogo por muito tempo, até o lançamento do 6º jogo.

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