Foto - Fonte das Informações: G1/Reuters - Wikipédia
Quis o destino que a decisão da Liga dos Campeões da Europa 2011-12 acontecesse na Alemanha, na cidade de Munique, e que um dos finalistas fosse o Bayer de Munique, time da casa. Todos esperavam uma festa do time alemão, que pretendia repetir o feito de Real Madrid (ESP) e Internazionale (ITA), que conquistaram o título em casa. Mas o Chelsea (ING) viajou para a Alemanha com a intenção de estragar a festa e conquistar seu primeiro título. Decidindo nas penalidades, o time inglês deu a Inglaterra o 11º título da competição.
Comandado pelo italiano Roberto Di Matteo, o Chelsea conquistou muitos torcedores após eliminar o Barcelona, último campeão (Imagem da Semana 22#), nas semifinais. Na segunda tentativa de conquistar o título, o time inglês tinha pela frente o Bayer de Munique, que em 2010 foi o vice-campeão após perder para a Internazionale de Milão. O Chelsea foi pressionado em grande parte da partida, mas contou com ótimas atuações para não deixar o time adversário balançar a rede.
Recebendo o apoio de 17 mil torcedores - além de 17 mil torcedores do time adverário - que foram ao Allianz Arena prestigiar a partida, o Chelsea fez o mesmo que em outras partidas da competição, onde jogava na defensiva e esperava a grande chance para chegar ao gol. Nos 45 minutos iniciais, foram poucas as chances do time abrir o placar, e isso mostrou que o time sentia a falta do brasileiro Ramires, autor de jogadas importantes na semifinal e que estava suspenso pelo 3º cartão amarelo.
O segundo tempo teve início e o Chelsea começou com uma leve melhora, porém não demorou ao Bayer voltar a ser superior. Houve algumas boas jogadas do time alemão, que quase levou ao gol, mas nada aconteceu. Tudo indicava que a partida iria para prorrogação, até que aos 37 minutos do segundo tempo Müller cabeceou e balançou a rede, abrindo o placar para o Bayer de Munique. O time vermelho estava há menos de dez minutos de conquistar o seu quinto título europeu.
Minutos após o gol, o técnico Jupp Heynckes substituiu o goleador Müller, colocando mais um zagueiro. Sua intenção era fechar o time e segurar o resultado. Heynckes só não esperava a boa movimentação do marfinense Didier Drogba, que aos 43, em uma nova jogada aérea, cabeceou para o fundo do gol, sem chance de defesa para o goleiro Neuer.
O empate levou a partida para a prorrogação, e os times tinham mais trinta minutos para fazer o segundo gol e garantir o título sem a necessidade da disputa de pênaltis. A maior chance de gol foi do time da casa, quando Drogba cometeu um pênalti. O holandês Robben foi para a cobrança, mas o goleiro Peter Cech virou um gigante e fez uma espetacular defesa. A prorrogação continuou e nenhuma equipe marcou.
Nos pênaltis, o Bayer de Munique abriu as cobranças com o capitão Lahm, que converteu. Em seguida, o goleiro alemão fez uma fácil defesa após o chute do espanhol Juan Mata. Mario Gómez e o brasileiro David Luiz converteram suas cobranças, a exemplo do goleiro Neuer e do craque Lampard. A quarta chance do time alemão foi de Olic, e brilhou a estrela de Peter Cech, que defendeu mais uma. Ashley Cole, outra grande estrela do Chelsea, empatou em 3 a 3. A última cobrança do Bayer de Munique foi do grande ídolo Schweinsteiger, mas Peter Cech parou o gigante alemão. Estava nos pés de Drogba a chance do título inglês, e o africano não errou, garantindo o primeiro título aos The Blues e voltando a ser o grande herói da partida e da competição.
Com vaga garantida para defender o título na edição 2012-13, o Chelsea se tornou a 22º equipe a conquistar a Liga dos Campeões da Europa, e repete o feito de outros times ingleses, como o Liverpool (5 títulos), Manchester United (3 títulos), Nottingham Forest (2 títulos) e Aston Villa (1 título). Arsenal e Leeds são os únicos times ingleses que chegaram a final, mas jamais conquistaram o título europeu.

A Campanha
O Chelsea garantiu vaga para a 57ª edição da Liga dos Campeões da Europa após ser vice-campeão do Campeonato Inglês 2010-11. Na primeira fase da competição mais importante da Europa, o clube inglês esteve no Grupo E, juntamente com Bayer Leverkusen (ALE), Valência (ESP) e Genk (BEL), e terminou em 1º lugar, após vencer três partidas, empatar em duas oportunidades e perder apenas para o time alemão.
Com a classificação, o Chelsea enfrentou o Napoli (ITA) nas oitavas-de-final, e conquistou duas vitórias – 3x1 e 4x1 -, o que garantiu o time entre os oito melhores da Europa. Mas o Chelsea queria mais, e almejava o título inédito e voltou a ganhar as duas partidas das quartas-de-finais, enfrentando o Benfica (POR).
Muitos acreditavam que a boa companha do Chelsea terminaria nas semifinais, quando enfrentou em duas partidas dramáticas o Barcelona, time comandado por Pep Guardiola e que tem o melhor do Mundo, Lionel Messi, como grande craque. Os Blues não se intimidaram e ficaram perto da classificação ao vencer o primeiro jogo por um gol. Uma das partidas mais emocionantes dessa edição da competição aconteceu em Barcelona, quando o time da casa precisava de uma vitória para classificar para a final. O jogo acabou empatado em 2 a 2, com Messi errando um pênalti, e assim o Chelsea se classificou para a final.
Com o título inédito, o Chelsea garantiu vaga para o Mundial de Clubes da FIFA, que acontece em dezembro, no Japão. Além do Chelsea, Monterrey (MEX) e Auckland City (AUS) já garantiram vaga no torneio que estreia em 06 de dezembro. O campeão da Liga dos Campões da Ásia, Liga dos Campeões da África e da Taça Libertadores da América também garantem vaga, além do campeão japonês, que representa o país sede.