Quando estreiou o filme que conta a história da garota de programa, Rachel Pacheco, mais conhecida com Bruna Surfistinha, foi alvo de muitas críticas por parte de críticos do cinema, e do público em geral, por acharem 'rídiculo' falar sobre a prostituta mais conhecida do país. Ao contrário do que muitos pensavam, Bruna Surfistinha não é um filme erótico - apesar de ter algumas cenas quentes - e mostra como foi a escolha que Rachel tomou para sobreviver na vida, mesma sendo uma escolha vista por muitos errada.

Bruna Surfistinha: O Doce Veneno do Escorpião

Sinopse: Raquel (Deborah Secco) era uma jovem da classe média paulistana, que estudava num colégio tradicional da cidade. Um dia ela tomou uma decisão surpreendente: virar garota de programa. Com o codinome de Bruna Surfistinha, Raquel viveu diversas experiências "profissionais" e ganhou destaque nacional ao contar suas aventuras sexuais e afetivas num blog, que depois acabou virando um livro e tornou-se um best seller.
História: A história da Raquel é contada de uma forma evolutiva e bastante construtiva. Não fala apenas da Raquel já garota de programa, mas desde o inicio, a sua vida ainda na família, a decisão de ser tornar uma profissional do sexo, como foi a relação com o primeiro cliente, a evolução no seu trabalho, e mostra que mesmo com tudo o que ela escolheu para fazer, ela tem seus sentimentos. Claro que não deixou pra trás o motivo desse apelido: Bruna Surfistinha. Mostrou também o lado talvez considerado egoísta da parte de Rachel, e por fim, o que a maratona de vários clientes, e o uso de drogas causou a ela.
Elenco: A atuação de Deborah Secco está magnífica, desde o momento em que sua personagem é o patinho feio, até quando vira um símbolo sexual. Muito mais linda e atraente que a própria Rachel, a atriz encarna a personagem, como deve ser feito. Em nenhum momento passa a imagem de que não deveria estar fazendo esse papel um tanto quanto polêmico. A atuação de Cássio Gabus Mendes também deve ser lembrado. Um dos primeiros clientes da vida da Bruna Surfistinha, ele não é só mais um que quer dormir com a garota, ele quer algo a mais, ele começa ter sentimentos, e querer dar uma vida melhor para Rachel. E o que falar da atuação de Drica Moraes? Mais uma vez ela está perfeita, dessa vez no papel de uma cafetina.
Positivo: Quando foi anunciado que fariam um filme sobre a Bruna Surfistinha, em meados de 2007, a maior critica era "como é possível incentivarem a prostituição?" mas isso não ocorre em nenhum momento no filme, muito pelo contrário, o filme mostra a dificuldade dessas garotas que vivem com isso, e que elas não querem isso, fazem isso por realmente ser necessário, então quem perguntava se o filme incentivaria essa profissão, a resposta é não. O drama dirigido por Marcus Baldini não foca apenas no trabalho de Bruna, e ainda tem algumas cenas de dar uma risada, mesmo que leve, principalmente no barraco que Bruna e suas companheiras de profissão fazem em um salão de beleza.
Negativo: Não se aprofunda na vida da garota de programa. Mesmo mostrando como foi que começou, cresceu, e terminou essa sua vida, em nenhum momento mostra de fato a relação que tem com os pais adotivos, com seus clientes, ou até mesmo com suas colegas. Também não explica o motivo de Rachel começar a usar drogas, se no começo do filme, ela recusa a esse ato. São pequenos pontos negativos, que mancham um pouco o filme.

Por ser uma adaptação do livro O Doce Veneno do Escorpião, livro escrito por Rachel Pacheco, ele deixa algumas partes de fora, mas o filme, tanto criticado por muitos, mostra que não veio para ser um filme de putaria no cinema nacional, pelo contrário, veio mostrar a vida triste e dificl das profissionais do sexo. Foi bastante aguardado, e mesmo não sendo um ótimo filme, não deixa a desejar.

Deixe um comentário