O Mistério dos Sete Relógios, Agatha Christie, São Paulo: Círculo do Livro, 222 páginas

Agatha Christie, a eterna Dama do Crime, recusa apresentações, até por que, diversas vezes já foi tratada aqui no OverShock, mas essa mulher que nasceu no final do século XIX continua hoje conquistando fãs por toda parte, principalmente pela forma com que seus livros terminam. O Mistério dos Sete Relógios é só mais um das dezenas de livros de nossa querida autora que no final, nos surpreendemos. O segundo livro protagonizado pelo Superintendente Battle, da Scotland Tard foi lançado originalmente em 1929, e novamente se passa na famosa mansão de Chimneys, já retratada no livro O Segredo de Chimneys.

Como já é de se esperar, ao voltar para o local de outro livro, outros personagens também reapareciam, como é o caso da encantadora Bundle, filha do dono da mansão, Lorde Caterham, e é Bundle que vai se aventurar ao longo das 222 páginas. No começo, Chimneys está alugada para Sir Oswald Coote e sua esposa, Lady Coote. Gerry Wade é um hospede do casal, que tem o costume de acordar tarde, e este costume irrita alguns outros hospedes, que resolvem comprar oito relógios, para despertar cedo no dia seguinte, e atormertar a vida do coitado Gerry, mas Gerry demora para aparecer, e ao entrar no quarto descobrem que ele está morto, e que um dos relógios não estava mais ali.

Ao voltar para Chimneys, Bundle fica sabendo do que aconteceu, e resolve investigar, mas enquanto estava na estrada, um homem que acabara de ser baleado, cai quase sem vida e consegue dizer apenas quatro palavras, o que leva a bela moça à Jimmy Thesiger. Com a 'ajuda' de Jimmy, e da meia-irmã de Gerry, Loraine, ela tenta descobrir quem matou Gerry, e quem atirou neste homem que fora baleado na estrada. 

Além de mortes, aventuras, romances, e até um leve humor, a história de Christie tem algo diferente, e que com certeza foi o que mais me agradou: as sociedades secretas. Nas aventuras de Bundle, ela descobre uma sociedade secreta, e passa a investiga-lá. Acontece também outros casos, que acredito tenha a missão de confundir o leitor, já que o final, a exemplo de outros livro, é novamente surpreendente. Não apenas por que nunca imaginei quem seria o assassino, mas por que outros desfechos também chegaram a me assustar.

Novamente, a forma como a escritora descreve seus personagens, é de ser invejado por inúmeros escritores, e é praticamente impossível você não sentir amor, ódio, carinho, compaixão, pena de alguns dos personagens que aparecem nesse livro. Não é como os demais, que em sua maioria, são os principais que sentimentos alguma emoção: dessa vez todos passa por isso.

Ainda não consegui descobrir quem é o assassino nos poucos livros de Christie que tive a oportunidade de ler, e se você pegar O Mistério dos Sete Relógios, com a intenção de ser mais esperto (a) do que a autora, pode tirar seu cavalinho da chuva, por que não vai ser dessa vez. É melhor do que o primeiro livro de Battle, não sei se consegue ser melhor do que os de Poirot, mas chega perto. Realmente muito bom.

4 Comentários

  1. Esse livro na minha opinião é muito bom... li a muito tempo atras e pretendo relê-lo em breve!

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  2. Pois é Kézia... Ele é bom, e surpreendente. Vale muito a pena ler, reler e ler de novo!!

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  3. Me surpreendeu. E lha que isso não é fácil, hein? Já li uns 40 livros da Agatha, mais talvez, por isso já estou acostumada com o estilo dela e quase sempre dá pra pegar alguma coisa do final. Mas esse livro foi extraordinário! E o Superintendente Battle perfeeeito... Tudo colocado no seu lugar, nada faltando! Só Agatha mesmo

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  4. Me surpreendeu mesmo. Livro perfeito, amei io superintendente Battle e nunca imaginei um homem daqueles casado kkkk. Só Agatha mesmo pra fazer um final daqueles!

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