Invasora – A Convocação, J. S. Dalmolin, 1ª Edição, Osasco-SP: Novo Séculoo (Novos Talentos da Literatura), 2011, 345 páginas

Um misto de aventura, ação e muito romance é o que encontramos no livro Invasora: A Convocação, primeiro de uma série criada pela nossa parceira J. S. Dalmolin. Professora, Dalmolin viveu até seus quatorze anos em Santa Catarina, e só então se mudou para o Paraná, onde vive até hoje. Foi convivendo com adolescentes que a autora se inspirou para escrever este livro, que é cheio de conflitos comuns na vida de adolescentes do mundo todo.
Contada por Sammy, a história se inicia em 2010, quando os pais da adolescente se separam. Depois disso, a garota passa a viver diversos problemas causados por essa separação. Um desses problemas é a desatenção de sua mãe com as tarefas de seu dia-a-dia, o que leva a garota a precisar fazer um favor a ela. Enquanto Sammy está realizando esse favor, ela é atropelada por um caminhão e misteriosamente vai parar na Inglaterra do século XVI. Nesse novo mundo, Sammy conhece Ian, com que passa a viver as mais diversas aventuras contra o tempo, buscando a salvação e lutando pelo amor incondicional que passou a sentir por ele. O único problema é que Sammy é uma Invasora (leia e entenda), fazendo com que as aventuras sejam ainda maiores e perigosas. “Quando o vi saindo foi como se uma parte de mim fosse arrancada. Senti as lágrimas correrem por meu rosto. Não fazia ideia do por que estar me sentindo tão triste e sozinha. Lembrei-me então do homem que havia entrado no quarto. Olhei-o ainda com os olhos cheios de lágrimas e ele demonstrava estar realmente preocupado comigo. (pág. 45)”.
Como já disse, A Convocação, primeiro livro da série, é repleto de aventuras e romance, do inicio ao fim. Tudo isso contado em 1ª pessoa por Sammy, nos capítulos ímpares, enquanto os capítulos pares a história é contada em 3ª pessoa, mostrando toda a história sob a visão de Ian. Algo totalmente inovador, apesar de que em alguns momentos, esses capítulos acabam ficando cansativos, principalmente na primeira parte da história, pois há uma repetição dos fatos que já foram retratados no capítulo anterior. Isso muda na segunda parte do livro, que é quando a história se torna empolgante e a devoramos sem ter a noção da quantidade de páginas que lemos.
A escrita de Dalmolin é muito simples e inteligente, porém o que mais chama atenção no livro é a forma com que ela descreve personagens e principalmente o cenário onde tudo acontece. Lembrar que tudo se passa há quase 500 anos atrás, mas ainda assim sentirmos dentro da história é algo incrível.
No meio de tantos mistérios que envolvem a aventura vivida por Sammy, há espaços para bruxas, “fantasmas” e outros elementos muito bem retratados. Há outros personagens que possuem um papel fundamental no livro, como Macellarius e Northunder. A decepção em relação a essas duas personagens foi grande, principalmente Northunder que no inicio pensei que seria o maior vilão do livro, mas tudo aconteceu ao contrário. Enquanto isso, Sammy é uma jovem muito corajosa e possui uma grande evolução ao longo do livro, conseguindo superar todas as adversidades.
A relação de Sammy e Ian poderia ser cansativa, como outros livros do gênero que foram lançados nos últimos anos, porém isso não acontece em A Convocação. Apesar de que em muitos momentos a relação de ambos ser melosa, não é nada exagerado. Temos apenas um casal apaixonado, onde um não vive sem o outro e eles fazem de tudo para não ficarem sós. Esse amor que vai além do tempo é bastante interessante. “Sim, ele a amava. Não havia como negar isso a ele mesmo. Estava perdidamente apaixonado por ela e faria qualquer coisa para permanecerem juntos, nem mesmo o Conselho ou toda a magia do mundo mundo o impediria disso (pág. 152)”.
Por já saber que A Convocação era apenas o primeiro livro de uma série, sabia que chegaria ao final e a vontade de continuar lendo seria enorme. Isso de fato aconteceu, e tudo o que resta é esperar pela continuação, que promete ser ainda mais empolgante, principalmente depois dos três últimos capítulos do primeiro livro.
Apesar de alguns momentos cansativos, principalmente nas partes contadas em 3ª pessoa no inicio, o primeiro livro da série é muito interessante e empolgante, por isso a autora merece os mais sinceros elogios. Não costumo dizer isso, mas há alguns erros de digitação, mas nada que estrague o livro e são erros que poderão ser consertados em um futuro próximo. Em Invasora – A Convocação, temos feitiços, batalhas, beijos, muita informação e dúvidas que continuarão martelando até o momento em que a continuação for lançada, mas ainad assim recomendo essa leitura.
Espero que gostem da resenha e que desperte o interesse pelo livro. Aproveito para agradecer ao exemplar enviado pela autora e divulgar que vou sortear quatro marcadores autografados quando a resenha atingir 10 comentários, ou no dia 21/10. Então não deixe de comentar, e não se esqueça de deixar uma forma de contato (E-mail, Twitter, MSN, Facebook, Blog, enfim). [ENCERRADO]

3 Comentários

  1. Não conhecia o livro mas parece ser muito interessante ^^
    Realmente essa questão da mudança de narrativa entre os capítulos é bem inovadora, nunca vi desse tipo antes e fiquei curiosa para ver como ficou! Pena que nos primeiros capítulos tenha ficado um pouco cansativo!

    A autora deve escrever muito bem mesmo para ambientar uma história 500 anos atrás e ainda assim conseguir descrever bem o cenário daquela época.

    Gostei muito mesmo, fora que adorei saber do romance do casal, dá aquele toque todo especial a história :)

    Bjos!

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  2. Olá Duda;

    Assim que possível, tente ler este livro, acredito que você irá gostar, apesar de que (na minha opinião) esse inicio tenha ficado cansativo, talvez você goste dessa troca de visões do inicio ao fim não é?

    A imaginação da Dalmolin é incrível. Não só pelo cenário, como tudo aquilo que ela descreve. Mais uma ótima autora nacional, que merece todo o sucesso o possível.

    Obg pelo comentário Duda. Beijoos

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  3. Rick adorei sua resenha! Ficou fabulosa e me deixou com muito mais vontade de ler...

    Beijos.
    Boa Semana queriiido

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