E como prometido no último De Olho Neles, uma nova entrevista nesse especial de Natal onde pretendo mostrar um pouco mais sobre os nossos parceiros, que tanto ajudam com que o blog cresça a cada dia. Para continuar este especial, entrevistei uma das primeiras parceiras do blog: a autora Josy Tortaro.
Nas perguntas abaixo, a autora de Marcada a Fogo nos conta um pouco sobre o primeiro livro de sua saga, fala sobre as personagens, o processo de divulgação e publicação de seu livro, as novidades que estão por vir. Espero que aproveitem e goste de mais esta entrevista, e claro, comentem e faça um blogueiro, e porque não uma autora, feliz!
OverShock - Olá Josy, gostaria de lhe agradecer por essa entrevista e dizer que espero que essa seja uma grande oportunidade de mostrar um pouco mais do seu trabalho aos leitores do OverShock. Para começar esse nosso papo, conte um pouco para os nossos leitores quem é a Josy Tortaro longe dos livros da Saga Os Quatro Elementos.
Josy Tortaro - Olá, Ricardo, é um prazer estar aqui em seu blog e tê-lo como parceiro da série. Obrigada pela força. Sou uma mulher que gosta de sonhar, mas tenho os pés no chão suficientes para planejar a realização de meus sonhos. Acredito no amor e na família. Sou dedicada, amiga, uma boa ouvinte, mas também falo muito principalmente quando estou empolgada com algo. Adoro um chamego, sou do tipo que diz o que pensa e sente sem medo e sou compreensiva. Gosto de ser independente, de me virar sozinha, mas também gosto de ser surpreendida. Meus defeitos são as mudanças repentinas de humor e sou oito ou oitenta. Preciso estar apaixonada pelo que faço para me sentir feliz.
OverShock - Jogo Rápido
Nome Completo: Josimari de Alcantara Tortaro
Cidade/Estado: Franca/SP
Data de Nascimento: 19 de fevereiro de 1983
Estado Civil: Casada
Time: São Paulo
Profissão: Publicitária
Estilo de Música: Sou bastante eclética, mas gosto muito de românticas, MPB, rock e pop
Prato Preferido: Macarronada
Filme: Um Amor para Recordar
Autor: Também tenho muitos, mas vou ficar com o gênio Tolkien
Frase: “Sim. Havia fogo em meus olhos. Um fogo revelador que me fazia enxergar além.” - Marcada a Fogo
OverShock - Sabemos que o primeiro livro da saga, Marcada a Fogo, foi lançado em outubro, porém o seu trabalho de divulgação começou bem antes. Quando você decidiu que faria essa divulgação e como você vê os resultados da mesma?
Josy - Quando criei a série, eu fui escrevendo pensando que esse trabalho eu publicaria, então trabalhei nele antes, pensei com calma, passei para leitoras betas avaliarem, e não me preocupei em procurar uma editora ou começar a promover. Sou perfeccionista então não parti para o livro 2 enquanto o livro 1 não estivesse publicável rsrs. Eu estava escrevendo o livro 3 quando minha irmã me disse para criar um blog específico da saga e falar sobre curiosidades sobre os volumes – essas primeiras questões foram levantadas por elas enquanto liam os livros, então, quando comecei a divulgar, tinha bastante material de apoio. Esperava que a divulgação me ajudasse a conseguir uma editora, mas nem em meus sonhos pensei que aconteceria tão rápido. Com um mês apenas divulgando a série, eu estava assinando contrato com a Literata. Eu acho que a divulgação foi muito útil e feita no momento certo!
“Descobriu que a ametista trazia amor profundo, felicidade, riqueza, coragem, paz interior, autodisciplina e agilidade de pensamento. Isso era muito intrigante porque se sentia cercada de cada uma dessas características, principalmente quando tinha seus acessos de fúria.”
OverShock - Antes que você iniciasse a divulgação, o livro já estava pronto e com data para o lançamento? E como foi o processo de escrita de Marcada a Fogo?
Josy - Estava prontíssimo, faltando apenas uma revisão final e profissional para o caso de eu ter deixado passar alguma coisa. A data de lançamento só foi determinada depois que fechei contrato com a editora, em maio desse ano. Eu criei a série em julho do ano passado e comecei a escrever Marcada a Fogo, o volume 1, impulsivamente sem ter estruturado o enredo e os personagens. Então, quando cheguei ao capítulo 9, estava infeliz com o rumo da história. Parecia que faltava alguma coisa. Minhas leitoras surtaram quando eu disse que começaria a escrever de novo rs. Enquanto não organizei a história em começo, meio e fim – e todos os perfis de personagens necessários – não fiquei feliz e satisfeita. Ainda assim, terminei o livro em outubro de 2010, ou seja, escrevi em apenas três meses.
OverShock - Seu livro possui partes em 1ª e outras em 3ª pessoa. Quando você começou a escrever já pensava em fazer isso, ou essa ideia surgiu ao longo da história?
Josy - Surgiu ao longo da história, enquanto eu brigava para acertar o tom. Eu me espelhava em autores que eu amava a escrita e achava que eu estava muito longe do meu ideal. Ao mesmo tempo, eu precisava criar um estilo próprio, foi aí que me decidi por trechos em narrados pela protagonista em primeira pessoa, principalmente trechos introspectivos, que falam de sensações e pensamentos que só ela poderia dizer. Já os trechos em terceira pessoa são para momentos que quero, principalmente, apresentar outros personagens também importantes para a história.
OverShock - O que você sentiu quando terminou o livro?
Josy - Uma sensação gloriosa de dever cumprido, alegria, satisfação comigo mesma, a sensação de triunfo quando alguém alcança uma meta muito difícil e, no entanto, prazerosa.
“Todas as vidas do universo estavam entrelaçadas. Desde um micro-organismo até o maior astro, tudo estava exatamente onde deveria estar e mantinha o equilíbrio entre existência e desenvolvimento. Era a essência da vida”
OverShock - O que te levou a escrever uma história cheia de magia, mistérios, sobrenatural, além dos sentimentos da amizade e da família em um só livro?
Josy - Eu sempre escrevi dramas ou romances policiais – aí dá para ver o quanto sou uma mulher de extremos rsrs. Mas admirava autores de diversos gêneros, principalmente de fantasia. Também admirava obras que além de entreter, comovem, mexem com nossa emoção e bagunçam nossos sentimentos. Um livro bom para mim tem que mexer com minhas emoções. Rir, chorar, sentir raiva ou dor. Não importa que sentimento seja rs. Eu queria escrever uma obra assim. Foi meu marido que me falou para partir para o gênero de fantasia. Eu aceitei o desafio, mas eu não queria trabalhar com seres míticos. Queria escrever sobre humanos, com sua complexidade e vida confusa, e suas diversas reações ao místico e ao sobrenatural. Foi assim que eu criei a base da série.
OverShock - Como está sendo o retorno dos leitores?
Josy - Muito positiva. As críticas são extremamente boas, gentis e até mesmo surpreendentes. Meus leitores só tem me dado alegrias. E quem já leu está ansioso pelo volume 2.
OverShock - Sobre as personagens: há alguma que possui as mesmas características de Josy Tortaro?
Josy - Não em Marcada a Fogo. Digamos que esse livro fugiu bem do que sou. Foi algo muito novo para mim, baseado em estudo e observação. Mas podem aguardar que haverá uma personagem na série muito, mas muito mesmo, parecida comigo rs.
“Havia apenas a escuridão, como se aquela parte das minhas memórias tivesse sido apagada para sempre”
OverShock - Uma das personagens, Sofia, tem agradado a maioria dos leitores, mas você não esperava por isso, certo? Como é ver o carinho que os leitores sentem por ela? Há alguma possibilidade de revermos essa garotinha tão especial nos próximos livros da série?
Josy - Sim, é verdade. Eu criei a Sofia porque adoro crianças – ser mãe é um dos sonhos que pretendo realizar em breve – e porque eu queria que Tamires tivesse uma vida completa, constituísse família e fosse feliz de uma forma que ela não imaginava possível. Sofia é especial por ser filha de quem é rs, mas nunca pensei em um grande papel para ela a não ser o de filha da protagonista de Marcada a Fogo. Tanto que ela aparece muito pouco nesse volume. Nos próximos não há participações dela. Sofia só volta no livro 4 e vou parar aqui porque já estou fazendo spoiler rs.
OverShock - O próximo livro da saga deve ser lançado em outubro do próximo ano, certo? O que você pode nos adiantar sobre Filho da Terra?
Josy - Sim, essa é a previsão não oficial, mas a mais provável. Filho da Terra é uma história nova. Um novo cenário, um novo protagonista, uma nova vida cheia de personagens diferentes. Porém, a cronologia do tempo continua de onde Marcada a Fogo termina, portanto, os leitores verão novamente Tamires e outros personagens do livro 1. Haverá mais ação e mais surpresas. E alguns mistérios que permaneceram serão esclarecidos. Viajaremos de Foz do Iguaçu direto para o Pantanal sul-matogrossense, onde Lucca Gonçalves vive com sua família adotiva e trabalha como arqueólogo. Conheceremos um mundo totalmente oposto ao de Tamires.
OverShock - E depois que todos os livros da saga forem lançados, o que você pretende fazer? Já tem uma nova história em mente?
Josy - Já tenho! Começarei a escrever no início do ano – estou trabalhando agora no livro 4, o desfecho da série, e pretendo terminar ainda nesse mês. Como não poderia deixar de ser, não fugirei do gênero fantasia – gostei muito de trabalhar com algo tão criativo. Essa nova história caiu do céu, como alguns costumam dizer. Não foi algo que eu procurava, até porque eu estava trabalhando no livro 3 quando ela surgiu. Não posso dizer muita coisa porque ainda preciso trabalhar no enredo, mas eu já tenho uma geral da história, com começo, meio e fim. Será um romance proibido que terá início há 3500 anos, porém suas consequências serão sentidas tempos depois e o grande tema do livro será: um amor tão forte, capaz de enfrentar homens, deuses e o tempo não merece redenção? Será intitulado: Estrela – Em busca do brilho eterno. Terá muita ação, romance e magia.
OverShock - Se algum autor que pretende publicar o primeiro livro lhe pedisse um conselho, o que você diria?
Josy - Não desista. Trabalhe dure, divulgue bastante, seja bastante autocrítico e persevere. Se tiver talento e determinação, você alcançará seu sonho.
OverShock - Bom, é isso Josy. Espero que tenha gostado de responder as minhas perguntas e espero também que os nossos leitores aproveitem esse papo. Agradeço a sua disposição e desejo um sucesso enorme na continuação de seu trabalho. Para finalizar, deixe as últimas palavras aos nossos leitores.
Josy - Obrigada, Ricardo, pela oportunidade de falar sobre meu trabalho. É muito gratificante ver nosso trabalho reconhecido. E a gente sempre gosta de falar dele, afinal, é como um filho rs. Espero que seus leitores também gostem da história assim como você gostou. Um grande abraço a todos! A verdade queima! Beijinhos.