Estreia: 18 de Março de 2011
Resenha: Já está virando rotina as animações com uma mensagem para os atuais problemas do mundo, sobretudo quando falamos do aquecimento global, que cada dia mais está presente, e sentido, por nós, e claro, pelos animais. Baseado na fábula A Conferência dos Animais, do alemão Erich Kästner, o filme Animais Unidos Jamais Serão Vencidos é apenas mais uma animação com essa temática, que apesar de rotineira, é ótima para alertar a todos sobre a importância dos cuidados com a natureza, sobretudo para as crianças, que de certa forma, são o público alvo das animações.
No filme dirigido pelo também alemão Reinhard Kloos, animais do mundo todo estão sentindo os males causados pelo homem. No Pólo Norte, os ursos polares sofrem com o derretimento do gelo; um galo francês está prestes a ser cozinhado pelo homem; enquanto que na Oceania, cangurus, diabo-da-tasmânia, entre outros, e na África, os animais que têm ali o seu habitat natural, sofrem com a falta d’água. Como por ironia do destino, animais de diferentes partes do mundo acabam se encontrando, e descobrem, após uma aventura de um suricato, que tudo isso acontece devido ao homem que está construindo um hotel no meio da selva e assim, bloqueando o fluxo normal da água. Juntos, os animais percebem que precisam tomar uma atitude, antes que seja tarde demais, e aí que surge toda a trama.
Com ótimos traços, apesar de pouco realismo, a animação surpreende desde o inicio, principalmente por ser o primeiro longe 3D produzido na Europa. Os personagens, sempre muito simpáticos e engraçados, mostram certa semelhança com outros personagens já usados do mundo cinematográfico, porém, ainda assim, muita coisa nova está presente.
Por falar em personagens, os mais variados animais, para os mais variados tipos de pessoas. É engraçado ver a reação da família de surucatos, com toda a situação que estão vivendo, bem como Billy, o pai-suricato, jogando golfe com cocô de hiena. É emocionante quando a história do passado do leão é contada, e também o triste fim das tartarugas de Galápagos, que viveram juntos por séculos. Por fim, é incrível a volta por cima, do orgulho, entre búfalos e rinocerontes. Esses são apenas alguns exemplos, mas não poderia deixar de citar o diabo-da-tasmânia, que é apelido de Tas e possui as mesmas características do famoso personagem da Warner.
O roteiro é até interessante, e com ajuda dos ótimos traços e de personagens marcantes, tudo caminha perfeitamente. Até o fim de todo o plano é esperado, e nem por isso decepcionante, porém chegam os últimos minutos e aquilo que tinha tudo para ser perfeito, acaba se tornando desnecessário e assim surge um dos únicos problemas do longa.
As músicas têm a responsabilidade de casar bem com toda a história, e assim deixar que apenas este final seja ruim. Com grandes clássicos, a trilha-sonora consegue alcançar esse objetivo e o destaque fica para as canções de Naturally 7 e David Newman.
Usando a familiaridade com grandes clássicos, Animais Unidos Jamais Serão Vencidos tem tudo para agradar a maioria das pessoas, apesar de que, as crianças assistirão com mais satisfação, e com isso, terão mais um motivo para perceber que o futuro depende de nossas atitudes, e que caso elas não sejam boas, não apenas nós seremos prejudicados, mas também os animais que possivelmente tanto encantaram nessa história. Mas, infelizmente, ao contrário dos filmes, nem sempre o final é feliz e isso ficará claro para as crianças que o assistirem.