Os Pinguins do Papai (Mr. Popper’s Penguins)

Resenha: Jim Carrey já provou para todos que é um excepcional ator, principalmente quando atua em comédias, mas ainda hoje divide opiniões, e isso voltou a acontecer em Os Pinguins do Papai. Baseado no romance homônimo do casal Richard e Florence Atwater, publicado originalmente em 1938, o filme, destinado as famílias, tem uma história simples e marcado pelo jeito característico do ator principal.
Jim Carrey interpreta Tom Popper, experiente funcionário especializado na compra de prédios antigos. Popper é filho de um aventureiro dos mares e é surpreendido com a herança deixada pelo pai: uma caixa com um pinguim. O que ele não esperava, era que esse pinguim lhe ajudaria e também causaria diversas confusões em sua vida. Enquanto cuida da pequena ave – e das companheiras que chegam em uma nova caixa -, Popper precisa conseguir convencer a senhora Van Gundy (Angela Lansbury) a vender seu imóvel, e reconquistar a confiança de seus filhos, Janie (Madeline Carroll) e Billy (Maxwell Perry Cotton), e claro, da ex-esposa, Amanda (Carla Gugino).
Mr. Popper’s Penguins é mais um longa capaz de agradar a uns e desagradar a outros, principalmente por ser uma comédia envolvendo as piadas e caretas características do cinquentão Jim Carrey. Apesar de toda a fama, e de muitos filmes agradáveis, não é de se criticar aqueles que acharem desnecessário os filmes que o ator interpreta um personagem comum, que tem sua vida mudada drasticamente após uma reviravolta.
Como fã do autor, sou suspeito a falar. Não é o melhor de seus filmes, mas também não é o pior, como dizem algumas críticas. A estória é de fato exagerada, afinal, não é todo dia que uma pessoa recebe alguns pinguins com a missão de cuidar como um animal de estimação, e nem transformar – e transformar muito - sua casa para satisfazer as aves. Mas qual filme família não precisa de um pouco de exagero para agradar tanto adultos, como crianças?
Abordando temas interessantes, como a união de uma família, o melhor de todo o filme é sem duvidas os simpáticos, engraçados e atrapalhados pinguins, desenhados digitalmente. E não é de se estranhar que Popper nomeie cada uma das aves de acordo com as características de suas personalidades, e isso se torna bem agradável, como também a distração das aves ao assistirem a filmes do gênio Charles Chaplin. Sem duvidas, algo muito bem bolado.
Como disse anteriormente, o filme destaca, entre outras coisas, a união da família de Popper, que como qualquer outra teve seus detritos rompendo assim a relação. É engraçado ver como o personagem aproveita da situação para conquistar a confiança da filha adolescente, que passa pelos problemas comuns na idade, e também da ex-esposa. A jovem atriz Madeline Carroll (Participação em Lie To Me – Resenha), e a já experiente Carla Gugino merecem grande destaque, apesar de que essa última tem pouco a acrescentar.
É importante destacar também a aproximação que Popper tem com os pinguins, até por que, no inicio ele faria tudo para devolver as aves para seus devidos lugares, mas acaba gostando e se torna um verdadeiro paizão, o que dá a chance das ótimas cenas que encontramos nos momentos finais do filme.
Os Pinguins do Papai é um verdadeiro filme família e que tem diversas mensagens importantes, mesmo que nem sempre sejam inéditas. Algumas cenas irão agradar aos adultos, outras são próprias para as crianças, e isso nem mesmo os críticos podem contrariar. Para família, um ótimo e leve filme, capaz de tirar diversas gargalhadas.