Foram anunciados alguns dos novos lançamentos da editora Martin Claret, que como sempre, aposta nos grandes clássicos da literatura para difundir a educação e a cultura. Todos os livros são da coleção A Obra-Prima de Cada Autor (incluindo um livro da Série Ouro) e um deles é o livro Til, do autor José de Alencar. O Moço Loiro, escrito por Joaquim Manuel de Andrade, e Livro dos Provérbios de Salomão também estão na lista dos novos lançamentos da editora paulista. Conheça um pouco mais desses três clássicos da literatura:
Livro dos Provérbios de Salomão
Lançamento Original: -
ISBN: 9788572328371
Autor (a): Desconhecido
Tradução: -
Páginas: 144
Preço: R$14,90
Onde Comprar? Site Oficial da Martin Claret
Sinopse:
Provérbios são frases curtas, com a finalidade de exprimir sabedoria e fruto de uma verdade adquirida através da experiência. Salomão, filho de Davi e terceiro rei de Israel, ficou conhecido — durante milênios — por suas decisões justas e sábias. Nada mais natural, portanto, do que um Livro dos Provérbios de Salomão. Ele é indicado: “para conhecer sabedoria e disciplina, para penetrar as sentenças profundas, para adquirir disciplina e sensatez — justiça, direito e retidão —, para ensinar sagacidade aos ingênuos, conhecimento e reflexão ao jovem.” O diferencial desta edição é a tradução de Ivo Storniolo, filósofo, teólogo, escritor, estudioso da psicologia junguiana e biblista formado no Pontifício Instituto Bíblico de Roma. É para ler, deliciar-se e aprender.
O Moço Loiro
ISBN: 9788572328357
Autor (a): Joaquim Manoel de Macedo
Tradução: -
Páginas: 412
Preço: R$22,90
Onde Comprar? Site Oficial da Martin Claret
Sinopse:
Honorina, uma jovem e bela dama, sempre cercada de ilustres admiradores — e por isso alvo de inveja das moças da Corte —, começa a ser cortejada por um homem misterioso, conhecido apenas pela alcunha de “o Moço Loiro”. Ele está sempre por perto, como que onipresente, valendo-se de uma série de artimanhas para ocultar sua identidade. No entanto, as atenções da dama a esse misterioso cavalheiro começam a causar ciúmes naqueles que nutrem esperanças em conquistar o seu amor. Por causa de um deles, o mais fervoroso e o mais desprezado, Honorina e sua família acabam sofrendo as consequências de um plano perverso. Repleto de personagens charmosos e carismáticos, o romance de Joaquim Manuel de Macedo mistura doçura, ironia e comicidade. Trata-se de um belo retrato do Rio de Janeiro do século XIX.
Quem é Joaquim Manoel de Macedo? Além de escritor, atuou como jornalista, professor e político. De família abastada, Macedo pôde, desde cedo, aprofundar-se nos estudos. No mesmo ano em que lançou "A Moreninha", formou-se em medicina, profissão que não exerceu em virtude de seu precoce e retumbante sucesso como escritor. Com estilo de folhetim, soube captar a atenção dos leitores. Suas obras têm linguagem simples, acessível, aventuras diversas e enredos recheados de amores.
Til
ISBN: 9788572328432
Autor (a): José de Alencar
Tradução: -
Páginas: 240
Preço: R$14,90
Onde Comprar? Site Oficial da Martin Claret
Sinopse:
Publicada pela primeira vez em 1872, Til pertence, ao lado de O gaúcho, O sertanejo e O tronco do Ipê, ao regionalismo de José de Alencar e retrata o interior paulista. Nesse romance, a idealização da natureza, a narrativa leve e o subjetivismo da linguagem criam uma atmosfera suave, em que a inocência dos personagens centrais contrasta com a trama emaranhada e sanguinolenta. A beleza da natureza, tão valorizada e enaltecida pelos contemporâneos de Alencar, divide lugar com a brutalidade da realidade regional. Til é o apelido de Berta, moça “pequena, esbelta, ligeira, buliçosa” que se envolve nas mais intricadas tramas, sempre buscando ajudar os que precisam. Trata-se do ideal de heroína: doce, meiga, caridosa, mas também de coragem e impetuosidade únicas na literatura brasileira. Capaz de enfrentar jagunços, Berta não mede esforços ao buscar a realização de seus intentos. Violências, misté-rios e triângulos amorosos constituem esta complicada e bela história.
Quem é José de Alencar? Nasceu em Messejana, na época um município vizinho a Fortaleza. A família transferiu-se para a capital do Império do Brasil, Rio de Janeiro, e José de Alencar, então com onze anos, foi matriculado no Colégio de Instrução Elementar. Em 1844, matriculou-se nos cursos preparatórios à Faculdade de Direito de São Paulo, começando o curso de Direito em 1846. Fundou, na época, a revista Ensaios Literários, onde publicou o artigo questões de estilo. Formou-se em direito, em 1850, e, em 1854, estreou como folhetinista no Correio Mercantil. Em 1856 publica o primeiro romance, Cinco Minutos, seguido de A Viuvinha em 1857. Mas é com O Guarani em (1857) que alcançará notoriedade. Estes romances foram publicados todos em jornais e só depois em livros.
José de Alencar foi mais longe nos romances que completam a trilogia indigenista: Iracema (1865) e Ubirajara (1874). O primeiro, epopeia sobre a origem do Ceará, tem como personagem principal a índia Iracema, a "virgem dos lábios de mel" e "cabelos tão escuros como a asa da graúna". O segundo tem por personagem Ubirajara, valente guerreiro indígena que durante a história cresce em direção à maturidade.
Em 1859, tornou-se chefe da Secretaria do Ministério da Justiça, sendo depois consultor do mesmo. Em 1860 ingressou na política, como deputado estadual no Ceará, sempre militando pelo Partido Conservador (Brasil Império). Em 1868, tornou-se ministro da Justiça, ocupando o cargo até janeiro de 1870. em 1869, candidatou-se ao senado do Império, tendo o Imperador D. Pedro II do Brasil não o escolhido por ser muito jovem ainda.
Em 1872 se tornou pai de Mário de Alencar, o qual, segundo uma história nunca totalmente confirmada, seria na verdade filho de Machado de Assis, dando respaldo para o romance Dom Casmurro. Viajou para a Europa em 1877, para tentar um tratamento médico, porém não teve sucesso. Faleceu no Rio de Janeiro no mesmo ano, vitimado pela tuberculose. Machado de Assis, que esteve no velório de Alencar, impressionou-se com a pobreza em que a família Alencar vivia.
Produziu também romances urbanos (Senhora, 1875; Encarnação, escrito em 1877, ano de sua morte e divulgado em 1893), regionalistas (O Gaúcho, 1870; O Sertanejo, 1875) e históricos (Guerra dos Mascates, 1873), além de peças para o teatro. Uma característica marcante de sua obra é o nacionalismo, tanto nos temas quanto nas inovações no uso da língua portuguesa. Em um momento de consolidação da Independência, Alencar representou um dos mais sinceros esforços patrióticos em povoar o Brasil com conhecimento e cultura próprios, em construir novos caminhos para a literatura no país. Em sua homenagem foi erguida uma estátua no Rio de Janeiro e um teatro em Fortaleza chamado "Teatro José de Alencar".