Gato de Botas (Puss in Boots)

Resenha: Há anos que elogio e acredito que a DreamWorks Animation é uma das melhores – se não melhor - produtoras de animações do mundo e a cada filme isso se torna mais válido, principalmente agora com Gato de Botas, longa-metragem dirigido por Chris Miller.
O Gato de Botas (Antônio Banderas) fez grande sucesso alguns anos atrás quando teve uma participação marcante nas história do ogro Shrek.  Mas dessa vez, muito tempo antes de conhecer o ogro, Gato de Botas se envolve em uma nova aventura, onde além do seu objetivo principal, precisa recuperar sua honra, em uma ótima história que vive ao lado do ovo Humpty Dumpty (Zach Galifianakis) e da gata Kitty Pata Mansa (Salma Hayek).
Há exemplo do que acontecia em Shrek, encontramos aqui uma referência de outra conhecida história: João e o pé-de-feijão. Pois nas aventuras narradas neste filme, vemos Gato de Botas e seus amigos na busca dos famosos feijões mágicos, que podem render um importante resultado em sua vida. Mas as coisas não são tão fáceis, e nosso protagonista precisa enfrentar os vilões Jack (Billy Bob Thornton) e Jill (Amy Sedaris), e tudo o que está contra a sua missão e os seus desejos.
Com um orçamento duas vezes maior do que o primeiro filme de Shrek e receita também maior, Gato de Botas conquista o espectador desde o primeiro momento, com personagens semelhantes aqueles que já vimos em outras animações da DreamWorks. Do mesmo modo que o gato que virou sensação em sua primeira aparição, encontramos aqui a personagem Kitty Pata Mansa, que possui todas as características para conquistar o espectador, seja ele quem for. Não é uma protagonista, e talvez nem pudesse ser, porém é impossível deixa-la passar em branco.
Não só personagens marcantes encontramos neste filme roteirizado por Tom Wheeler e David H. Steinberg. Desenvolvido de maneira rápida e empolgante, com diversas cenas de ação – sejam com lutas, roubos ou perseguições, o que tem muito – e um toque de faroeste combinado com contos de fadas, que não poderia faltar nesta história, somos blindados ainda com uma ótima trilha-sonora, que dá espaço para cenas com um clima amigável e por que não dizer romântico?
Gato de Botas ainda retrata um tema que pode ser discutido até os dias de hoje, como o poder de uma amizade e, os males e benefícios de uma vingança, seja ela válida ou não. Mostra ainda que uma personagem pode ter altos e baixos em sua história e Gato de Botas é aquele capaz de mostrar, com simpatia, este importante ponto. Herói ou vilão, ele rouba a cena de qualquer forma.
Não poderia deixar de citar a parte gráfica (exceto o 3D) de Gato de Botas, rica em detalhes e com uma qualidade superior a muitas animações que surgiram no último ano – e dizem que o tridimensional é ainda melhor. Apesar de chegar à perfeição, não conquistou o último Óscar de Melhor Animação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que ficou com Rango (Resenha), outra excepcional animação.
Se você quer toda a magia encontrada em Shrek, esse não é o filme certo para se assistir. Apesar de ter citado o ogro diversas vezes, são poucos os detalhes que lembram o filme que deu origem ao protagonista deste spin-off, porém são muitos os pontos positivos que geraram mais este sucesso para crianças, jovens e adultos.