Apenas um Dia, Gayle Forman, tradução de Ana Paula Doherty, 1ª edição, Ribeirão Preto-SP:
Novo Conceito, 2014, 384 páginas.
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Ao embarcar em uma viagem pela Europa, Allyson Healey não esperava que sua vida organizada e sistematizada fosse mudada radicalmente. Mas isso acontece, como se estivesse planejado pelo acaso, ao conhecer Willem, um ator de espírito livre e sem qualquer destino certo. Exatamente o oposto de Allyson.

Sem que ela esperasse, o misterioso rapaz a convida para uma viagem de um único dia a Paris, mudando assim seus próximos compromissos. Ao aceitar, Allyson está também encontrando uma liberdade que até então desconhecia e entrando em um romance que, em apenas 24 horas, transformará a sua vida.

“Não tenho certeza de como explicar a mudança, todas as mudanças de hoje. É Paris? É Lulu? Ou é Willem? É a proximidade dele que faz a cidade tão intoxicante ou a cidade que faz a proximidade dele tão irresistível?” (pág. 93).
Embora esteja na lista dos mais vendidos desde o lançamento do sucesso Se Eu Ficar, a autora Gayle Forman tem dividido opiniões, mas, entre amor e ódio, conquistou a atenção do público leitor. E essa relação conturbada talvez tenha contribuído para que não iniciasse a leitura de Apenas Um Dia com muitas expectativas, o que evitou uma grande decepção, afinal ele está bem aquém dos livros lidos anteriormente.

Apesar de Para Onde Ela Foi, continuação do sucesso supracitado, ter sido um dos melhores livros lidos no último ano, em nenhum momento tive a ousadia de incluir Forman na seleta lista dos meus autores favoritos. Mesmo com uma boa leitura, seguida de outra perfeita, sentia a necessidade de conhecer um novo trabalho da autora antes de qualquer decisão. O receio parecia ser uma espécie de previsão do que ainda poderia encontrar: um enredo lento, sem grandes reviravoltas e até sem a mesma identificação anterior.

A história de Allyson Healey até começa envolvente e em um ritmo muito agradável para um drama, porém isso começou a mudar no momento em que menos esperava. É quando a protagonista parte em uma aventura de um único dia com o misterioso Willem que tudo se torna monótono. O que deveria ser no mínimo encantador, afinal as personagens estão em Paris, fica mais próximo de ser irritante.

Após as 24 horas em Paris, a vida da protagonista muda radicalmente e o mesmo acontece com o enredo. É bem verdade que nem sempre é possível evitar um toque depressivo em uma obra dramática, mas Gayle Forman acabou exagerando. Se antes houve aos menos algum tipo de descontração, em dado momento isso foi completamente evitado, como se tivesse início uma nova história e não apenas uma nova fase na vida de Allyson.

Contudo, Apenas um Dia tem como grande aliada a escrita da autora e essa mais uma vez não deixou a desejar. Se o enredo não cativou a ponto de criar a expectativa por seu desfecho, o mesmo não pode se dizer da maneira como ele foi contado, visto que cada palavra é capaz de transmitir o que existe de mais profundo na personalidade da protagonista. Além de algumas reflexões que não passam despercebidas e toda a relação, tão bem trabalhada, com a obra de William Shakespeare, essencial para o entendimento do enredo e de alguns dramas.

O primeiro título da trilogia Apenas um Dia ganhou pontos com o seu capítulo final. Se até então pensava seriamente em evitar a leitura do próximo volume, o recém-lançado “Apenas um Ano”, com esse final surgiu uma curiosidade que não será calada caso não realize a leitura. Não se esquecendo que Gayle Forman surpreendeu ainda mais com a continuação de “Se Eu Ficar”, por que não acreditar que isso pode voltar a acontecer?

“Parte de mim sabe que mais um dia não servirá para nada além de postergar o coração partido. Mas outra parte de mim pensa diferente. Nascemos em um dia. Morremos em um dia. Podemos mudar em um dia. E podemos nos apaixonar em um dia. Qualquer coisa pode acontecer em apenas um dia” (pág. 135).

6 Comentários

  1. Ahh eu gostei muito desse livro. Sei lá por que mexeu comigo demasiadamente. Acho que foi o jeito doce da Ally ficando um pouco rebelde. kkkkkk
    Beijos,
    Monólogo de Julieta

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  2. Olá Ricardo!
    Eu já tinha lido uma resenha desse livro e ela foi bem contrária a sua, dizendo que a obra é encantadora. Mas isso também faz parte, uns gostam e outros não.
    Acho que a história do livro dava um filme bem interessante, realmente acho que fica uma coisa muito boa se for adaptada da maneira certa.
    Beijos!

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  3. Oi, Ri! Tudo bem?

    Meu, parabéns pela resenha. Até o momento não li nada dessa autora, justamente por ter um certo receio do que vou encontrar, com todo o sucesso e modinha que girou a respeito do seu primeiro livro publicado por aqui, Se eu ficar. No entanto, para essa trilogia acredito que valha a pena dar uma chance. É uma pena que o livro não tenha te agradado tanto assim na parte que ambos esperávamos (pelo que disse e que li, também esperava encontrar algo mais interessante nessa parte).

    Espero que a sequência seja melhor!

    Um beijo,
    Doce Sabor dos Livros docesabordoslivros.blogspot.com

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  4. Minha história resumida com a Gayle: amei Se eu ficar, odiei Para onde ela foi (queria jugar o livro no meio da rua para ser atropelado), gostei muito de Apenas um dia e me decepcionei com Apenas um ano. Se o seu preferido foi o que eu mais odiei, de repente você consegue gostar do próximo. De repente só não estou conseguindo entender esses personagens masculinos.

    E considerei uma duologia com um livro extra, ao invés de uma trilogia... rs... acho que pelo fato do último ter só 55 páginas... hehe...

    Beijo!

    Ju
    Entre Palcos e Livros

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  5. Oi Ricardo, ouvi dizer que a continuação deste livro é bem melhor que o primeiro mesmo. Tomara que seja verdade, daí eu me animo a ler este!

    Beeijo, Paola
    uma-leitora.blogspot.com.br

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  6. Nunca li nenhum livro da autora - apesar de ter comprado todos lançados no Brasil rsrs, Mas assim que eu estiver no "clima" vou ler.

    http://leitoracomamor.blogspot.com.br/

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