Bojabi: A árvore mágica, Dianne Hofmeyr, ilustrações de Piet Grobler, tradução de Carolina Maluf, 1ª edição, São Paulo-SP: Biruta, 2013, 26 páginas.
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Essa é uma resenha diferente. Apesar da dificuldade de falar sobre livros infantis, poderia me esforçar para escrever uma resenha tradicional, em que destacasse os pontos positivos e negativos da obra. No entanto, ela trouxe uma experiência inesquecível e consequentemente isso me obriga a dividir com meus leitores o quão delicioso pode ser transmitir o gosto pela leitura aos mais jovens.

A escolha por Bojabi: A árvore mágica foi com uma única intenção: atender uma escola que me convidou para contar histórias aos alunos do primeiro ano do ensino fundamental. Em um primeiro momento isso poderia ser apenas uma visita a uma escola, porém o que aconteceu superou as expectativas e sai renovado do meu encontro com os alunos, em parte pelo carinho que os pequenos sempre demonstram e também por perceber o encanto dos mesmos com as histórias de um modo geral.

Em seu livro, a sul-africana Dianne Hofmeyr conta uma das versões de uma história muito conhecida na África, narrando a aventura de alguns animais que tentam a todo custo se aproximar de uma árvore mágica carregada de frutos vermelhos e maduros que exalam o aroma das mais doces mangas, que são gordos como melões e suculentos como tâmaras. O problema é que uma píton está enrolada em volta do tronco, dizendo que sairá de lá apenas quando os animais descobrirem o nome da árvore mágica.

O Quarto Dia, Sarah Lotz, tradução de Alves Calado, 1ª edição, São Paulo-SP:
Arqueiro, 2016, 352 páginas.
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Janeiro de 2017. Uma viagem de réveillon que tinha tudo para ser perfeita se transforma em um verdadeiro pesadelo, digno de filme de terror. Durante cinco dias o navio O Belo Sonhador fica sem qualquer tipo de comunicação e uma possível pane mecânica é motivo suficiente para instaurar o caos entre passageiros e tripulantes, que passam dias de incertezas com mortes suspeitas e fenômenos sobrenaturais.
“Gritou e mordeu a língua quando um peso pousou em seu peito, tirando-lhe o ar dos pulmões. Tentou se soltar debatendo-se, mas os braços não queriam — ou não conseguiam — se mexer. Paralisado, não havia nada que pudesse fazer enquanto um hálito de gelo roçava em seu rosto e dedos frios subiam feito aranhas por sua coxa” (pág. 106).

Os Três, Sarah Lotz, tradução de Alves Calado, São Paulo-SP: Arqueiro, 2014, 400 páginas.
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Pessoas do mundo todo jamais se esquecerão da chamada Quinta-Feira Negra, o dia em que quatro aviões caíram em diferentes partes do mundo e marcou o início de mudanças impossíveis de se imaginar até então. Os acidentes, no entanto, possuem um fato em comum: três crianças sobreviveram; uma pode estar desaparecida.

A americana Pamela May Donald é outra sobrevivente, porém ela permaneceu viva apenas por tempo suficiente para mandar uma mensagem. Uma única e misteriosa mensagem pedindo que vigiem o menino e dizendo que eles estão ali. Ninguém sabe exatamente o que ela quis dizer com suas últimas palavras, mas sua mensagem mudará o mundo e situações estranhas passarão a acontecer ao redor do globo.

“Espere um instante... Tem alguma coisa se mexendo, perto de onde começavam as árvores. Uma forma escura, uma pessoa pequena, uma criança? A criança que estava sentada na frente dela? Pam é tomada pela vergonha: não pensara no menino ou na mãe dele nem por um segundo enquanto o avião caía. Só em si mesma?” (pág. 11).