Texto: Véto Nicolau
Baseado: “Édipo Rei”, de Sófocles
Direção: Véto Nicolau
Duração: 50 minutos
Gênero: Drama
Apresentação: 08 de julho de 2016
La Profecia é baseada na história de Édipo Rei, onde um rapaz mata seu próprio pai, casa com sua mãe e, se não bastasse, com ela tem três filhos. Depois, para se castigar, fura os próprios olhos.
A peça é uma junção de cenas de sombra com o real, proporcionando assim um novo estilo de espetáculo para todo o público que sem dúvida vai se surpreender com as cenas e efeitos criados. A peça é feita com cenário e figurino completamente neutros, onde o principal é manter o foco no ator e com ele cativar a plateia.
No clima dos Jogos Olímpicos, começo esse texto reforçando a máxima de que em uma competição vale tudo para se sagrar campeão. O grande problema é que ao assumir um risco, muitos competidores podem acabar enfrentando grandes consequências e isso foi exatamente o que aconteceu com a Cia. Trupeçar ao participar, em julho, do I Prêmio AATA de Teatro Amador.

Ao meu ver um dos principais erros do grupo foi ao construir a sinopse oficial de La Profecia, que não apenas entrega de bandeja toda a história, como também cria expectativas em relação a promessa de um jogo de sombras que visa cativar a plateia. Mas um erro ainda mais significativo foi na apresentação em questão, quando o grupo assumiu o risco de levar o público para cima do palco e com isso foi obrigado a encarar a consequência de escancarar os acertos e principalmente as falhas.

A explicação para isso é muito simples: pelo público estar no palco junto com o elenco, há poucos metros de toda a encenação e da própria produção do espetáculo, qualquer mínimo detalhe não passa despercebido. Um ruído qualquer na coxia ou um objeto cênico fora de contexto acaba se transformando em uma grande catástrofe e qualquer boa ideia corre o risco de não funcionar como funcionaria com uma relativa distância.

Texto: Erivelton Nicolau
Baseado: Romeu e Julieta, de William Shakespeare
Direção: Erivelton Nicolau
Duração: 100 minutos
Gênero: Comédia
Apresentação: 02 de junho de 2015
Em uma versão totalmente diferente e engraçada de “Romeu e Julieta”, a única coisa que se iguala é a briga entre os Montecchios e os Capuletos. Dois jovens apaixonados representam essas famílias: Romeu Montecchio (Erivelton Nicolau) e Julieta Capuleto (Letícia Chaparim). Com uma boa dose de humor, a peça traz consigo várias personagens loucas que armam várias confusões, tentando destruir e outros ajudar o amor existente entre o casal.
Mas a grande dúvida é: dessa vez finalmente haverá um final feliz para Romeu e Julieta?
William Shakespeare. Não deve existir no mundo da arte um nome tão pesado e importante quanto o do dramaturgo inglês que criou algumas das maiores histórias de todos os tempos. Entre suas maiores criações, está a história de amor proibida entre Romeu Montecchio e Julieta Capuleto, um casal que, como nenhum outro, representa o amor em sua forma mais pura. Um casal que teve sua história virada ao avesso com a peça Deu a Louca em Romeu e Julieta.

Sendo uma história tão conhecida e adorada, é natural encontrar produções que recriam o que foi contado por Shakespeare em outrora, muitas vezes em versões nada parecidas com a original. Até aí não existe nenhum problema, tanto que um dos filmes nacionais que mais aprecio mudou muitos pontos da história. No entanto, deveriam existir algumas regras essenciais para se produzir essa obra.

Texto: Trupeçar (Adaptação)
Baseado: Conto russo-judaico do século XIX
Direção: Véto Nicolau
Duração: 80 minutos
Gênero: Comédia Musical
Apresentação: 08 de fevereiro de 2015
Em um vilarejo europeu do século XIX vive Victor Van Dorst (Véto Nicolau), um jovem que está prestes a se casar com Victoria Everglot (Karu Tonietti). Porém acidentalmente Victor se casa com a Noiva-Cadáver (Letícia Chaparim), que o leva para conhecer a Terra dos Mortos. Desejando desfazer o ocorrido para poder enfim se casar com Victoria, aos poucos Victor percebe que a Terra dos Mortos é bem mais animada do que o meio vitoriano em que nasceu e cresceu.
A responsabilidade de produzir uma peça baseada em um filme de muito sucesso era grande, assim como de uma ousadia enorme. Não que duvidasse de um resultado positivo por parte do grupo Trupeçar, mas sabia que deixar a peça com sua própria cara poderia ser quase impossível. Por sorte, estava redondamente enganado e deixei o teatro com a certeza de ter assistido um ótimo espetáculo para um grupo amador.

A primeira certeza que se tem com Noiva Cadáver, tão logo as cortinas se abrem e os atores entram em cena, é que o grupo evoluiu muito desde a produção de O Segredo das Bruxas (2013). O cenário, melhor elaborado e de uma qualidade necessária em um bom espetáculo, convida o público para uma visita ao século XIX e ao mundo dos mortos. O mesmo vale para o figurino e as próprias atuações.

O Segredo das Bruxas
Texto: Viviane Rissardi
Direção: Viviane Rissardi
Duração: 90min
Gênero: Fantasia
Apresentação: 07 de dezembro de 2013

A fantasia possibilita uma infinidade de situações que normalmente fogem da nossa realidade, por isso consegue ser um gênero tão encantador e consequentemente amado por todos. O problema é quando usamos de tal gênero em uma arte em que é praticamente impossível explorar o irreal.

Apresentada em um mundo de fantasia repleto de magia, O Segredo das Bruxas se passa em um Reino Encantado onde vivem bruxas, fadas e duendes, nem sempre em plena harmonia. O mistério e a confusão envolvendo esses seres surgem quando duendes e fadas precisam se unir para descobrir o que as bruxas têm planejado nos últimos tempos. O segredo das bruxas deixa todos apavorados, por isso outras pessoas precisam se envolver, afinal, apenas a união de todo do reino pode evitar um grande tumulto. Ou será que as aparências enganam?