Uma das melhores - se não única - revista que fala sobre a cultura pop japonesa no Brasil, é a NeoTokyo, lançada mensalmente pela editora Escala, e é por essa revista que conheço a grande maioria dos animês e doramas que assisto, foi o caso de Atanshinchi no Danshi, e agora, o animê Angel Beats!, que mistura um pouco de ação, comédia, fantasia e uma pitada de romance, que faz desse um dos melhores animês dos últimos anos.

Angel Beats foi produzido pela P.A. Works e Aniplex e teve direção de Seiji Kishi, sendo transmitido entre 03 de Abril a 26 de Junho de 2010 pela rede de televisão CBC e TBS. O animê é uma adaptação do mangá escrito por Jun Maeda e é ilustrado por Haruka Komowata, que desde Dezembro de 2009 é publicado pela revista ASCII Media Works 'G's. Essa adaptação totalizou 13 episódios, que narram uma história diferente e passam uma belíssima mensagem, nunca vista, pelo menos por mim. O tema de abertura é a canção My Soul, Your Beats!, enquanto o encerramento é Brave Song, duas ótimas canções.
Em um mundo onde todos já estão mortos, conhecemos Yuzuru Otonashi, um colegial que é informado repentinamente por Yuri Nakamura que não está mais no mundo dos vivos. Logo no primeiro episódio, Yuri recruta o novo morto do pedaço para o batalhão que ela lidera. Esse batalhão, que possui ainda outros membros, como Hideki Hinata, Takamatsu, entre outros, tem como objetivo acabar com Kanade Tachibana, chamada pelos membros desse batalho de Anjo, mas que de anjo não tem nada. Para conseguir, todos os membros desse batalhão (que não vale a pena citar nome, pois isso muda constantemente) usam de armas poderosas, que antes de assistir, não estaria no imaginário de alguém que visse um mundo após a morte.

Nesse mundo dos mortos, todos frequentam uma escola e devem seguir regras, para ser considerado um modelo, e assim possam desaparecer (leia reencarnar). Na realidade, o objetivo de Kanade é que aconteça essa reencarnação, porém os membros do batalhão liderado por Yuri, não querem que isso aconteça. Todos os membros, ainda querem descobrir e enfrentar Deus, por achar injusto o que aconteceu com eles em vida.

Além de poderem reencarnar ao ser um modelo de alma, os mortos também podem conquistar uma nova vida na Terra, se alcançarem a paz de sua antiga vida. Todos que estão mortos no mundo de Angel Beats, possuem memórias da vida na Terra, exceto o personagem principal, que aos poucos, com a ajuda de outras pessoas, relembra desse passado. A cada episódio, conhecemos a vida de cada uma das personagens desse batalhão, e o que cada uma delas precisa fazer para encontrar a tão esperada reencarnação.

Ao imaginar um animê onde todos estão mortos, é dificil passar pela cabeça que teremos belas garotas, com habilidade incríveis em armas, e principalmente que ao receber um ataque, as almas sentiriam dores, como se ainda estivessem vivas. Também não é comum imaginar um mundo com altas tecnologias, e um verdadeiro arsenal de batalha, mas é isso que acontece em Angel Beats. Encontramos ainda nessa estória, algo simples e com uma mensagem importante, de que para que nossa alma continue seguindo em frente, ela precisa estar em paz consigo mesma, além de mostrar, que devemos viver constantemente para fazer o bem ao próximo.

Um animê repleto de ação, de histórias as vezes emocionantes, e as vezes forçadas, além de uma parte gráfica simplesmente incrível. Os estúdios P.A. Works e Aniplex deram um show de qualidade, que podemos apreciar ao longo desses treze episódios. Para quem ainda gostar de músicas em seus animês favoritos, também não irá se arrepender, por que no meio desse colégio de mortos, temos uma banda de rock formada por garotas, com a única missão de distrair Kanade, mas que proporciona ótimas músicas, além de boas risadas. Enfim: um animê recomendadíssimo.