Qualquer Gato Vira-Lata

Estreia: 10 de Junho de 2011

Resenha: Baseado na peça Qualquer gato vira-lata tem a vida sexual mais sadia que a nossa, de Juca de Oliveira, Qualquer Gato Vira-Lata, apesar das inúmeras críticas negativas, é um ótimo filme e que vale a pena ser assistido.
Tudo começa em mais um dos dias em que Tati (Cléo Pires) passa horas se arrumando para encontrar com o namorado Marcelo (Dudu Azevedo), que está fazendo aniversário. Quando Tati chega no bar onde iria encontrar com o namorado, o vê dando em cima de outra mulher. Eles acabam discutindo, e dando um tempo no relacionamento, Tati então entra em uma universidade em desespero, e enquanto chora pelo término do namoro escuta uma aula do professor de biologia evolutiva Conrado (Malvino Salvador). Segundo Conrado, as mulheres estão fazendo errado quando vão em cima dos homens, já que em toda a história, a fêmea espera o momento certo de ficar com o macho. A teoria polêmica de Conrado acaba irritando Tati, porém ela acredita ser a tese do professor, e se disponibiliza para ser a cobaia das pesquisas de Conrado, que aos poucos vai ensinando para Tati como ela deveria se comportar com o fim do relacionamento.  Ver sua ex-namorada com outro, deixa o mimado e mulherengo Marcelo enciumado, e ele passa a insistir em procura-la, tentando reatar o relacionamento, mas no seu caminho terá Conrado, que no inicio é apenas um professor, porém aos poucos...
Os personagens de Qualquer Gato Vira-Lata são totalmente opostos, e os atores foram muito bem escolhidos, exceto um: Malvino Salvador. A maioria dos papéis feitos por Malvino são mais soltos do que Conrado, que é um professor todo atrapalhado. Conrado é muito sério para ser interpretado por Malvino. Já Cléo Pires, como sempre, está linda e ainda consegue tirar boas risadas ao longo do filme, o que também acontece com Álamo Facó, no papel do melhor amigo de Marcelo, Magrão, que é aquele cara que faz piadas nas horas mais impróprias e quando precisa não está lá para ajudar. Já a personagem Marcelo parece ter sido feita para Dudu Azevedo. Os dois parecem ter tudo a ver.
O que eu não vi em Qualquer Gato Vira-Lara, e que me surpreendeu positivamente, foi a falta da vulgaridade nas piadas. São piadas simples, porém com um toque humorístico muito bem trabalhado e inteligente. Impossível não rir com atrapalhadas de Conrado, e com ele insistindo para Olga (Rita Guedes) sua ex-esposa, que o nome de seu cachorro é Charles Darwin e não Charles Chaplin; ou ainda com a maçaneta de seu velho e podre carro saindo em sua mão. Ri tanta quanto assistindo as simples trapalhadas de Chaves e sua turma.
A trilha sonora do filme também é muito bem trabalha, apesar da quantidade exagerada de canções da Mallu Magalhães. Concordo que ela canta muito bem, mas três (e uma composta em conjunto) em único filme é meio demais. Destaque ainda para Homem Primata dos Titãs e He Can Only Hold Her de Amy Hinehouse.
Não poderia deixar de citar o bem bolado trabalho do diretor Tomás Portella, que logo no inicio faz em enquadramento de câmeras mostrando o desespero da personagem principal em escolher uma roupa apropriada para seu encontro. Todas as mulheres que assistiram dizem ser exatamente aquilo que acontece quando elas estão a procura da roupa perfeita para um encontro.
Quando o filme foi lançado, alguns meses atrás, li algumas críticas negativas do filme, e por isso, tive receio de assistir mais uma comédia romântica nacional, e perceber no final que perdi meu tempo, no entanto, isso não acontece com Qualquer Gato Vira-Lata. Achei um filme interessantíssimo, e dei diversas gargalhadas do inicio ao fim. Arrisco a dizer que é a melhor comédia romântica que assisti no ano, mas entre todas as nacionais que já assisti, fica longe de O Casamento de Romeu e Julieta, que supera a tudo. Como disse no inicio, é um filme recomendadíssimo, e muito bom para assistir ao lado de uma boa companhia.

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