Mais um mês começando e
com isso um novo De Olho Neles, e dessa vez tive a honra de entrevistar a nossa
parceira, J. S. Dalmolin, professora e autora do livro Invasora – A Convocação,
primeiro de uma série que conta a história de uma garota que após um acidente
foi parar XVI e lá passa pelas mais diversas aventuras ao lado de um novo amor.
O livro é incrível e tem uma linguagem muito interessante, vale a pena lê-lo.
Nessa entrevista, a autora
fala um pouco sobre seu primeiro livro, sobre sua relação com seus alunos, um
pouquinho do que podemos esperar de seu segundo livro (revelando inclusive o
nome) e muito mais. Acredito que tenha sido um papo bem interessante.
E caso você queira
conhecer um pouco mais sobre o livro, leia a resenha clicando aqui. Não deixe
de colocar o livro em sua estante do Skoob, e claro, comentar nesse post.
Espero que gostem. Sem mais delongas, vamos ao que interessa:
OverShock - Olá J. S. Dalmolin é um prazer muito grande
poder estar lhe entrevistando e aproveito para agradecer por essa entrevista.
Espero que você goste de responder as minhas perguntas, e claro, que os nossos
leitores aproveitem para conhecê-la melhor.
OverShock - Jogo Rápido:
a) Nome: J. S. Dalmolin
b) Cidade/Estado: Renascença/ Paraná
c) Data de Nascimento: 04/06/1974
d) Estado Civil: Casada
e) Time: Seleção Brasileira
f) Profissão: Professora e Cabeleireira
g) Estilo de Música: Pop Rock, Rock Romântico, Metal Sinfônico
h) Prato Preferido: Pizza
i) Filme: Adoro filmes então não há um filme em
especial, gosto de filmes românticos, comédia romântica, filmes de aventura,
não gosto de drama e de ver as pessoas sofrendo.
j) Autor: Machado de Assis
k) Frase: “Mais valem as lágrimas por não ter vencido
do que a vergonha por não ter lutado.” (autor desconhecido)
OverShock - Dalmolin, você sempre foi apaixonada pela
literatura, inclusive cursou Letras devido a isso, mas quando surgiu a ideia de
escrever Invasora: A convocação? Esse é seu primeiro livro publicado, mas é
também o primeiro a ser concluído?
J. S. Dalmolin - Invasora – A Convocação é o primeiro
livro que conclui e o primeiro a ser publicado. Tenho outros romances
iniciados, mas não os conclui, pretendo terminá-los em breve.
Bom, a idéia de escrever
um livro com seres fantásticos, não apenas humanos mortais, vem desde a minha
infância quando personagens como os X-men ou a Liga da Justiça faziam parte das
brincadeiras e dos horários da tevê. Só que não havia romance e eu também
gostava do príncipe encantado que salvava a donzela em perigo. Durante muitos
anos fiquei com muitos personagens vagando em minha mente, mas sem coragem de
dar vida a eles, pois achava que ninguém gostaria de ler algo deste gênero.
Quando li Drácula, ainda na minha adolescência, adorei a história, mas a imagem
do vampiro me assustava e eu não conseguia ver outra forma de vampiro senão
aquela cruel e malévola.
Então, por acaso, assisti
ao filme Crepúsculo e fiquei fascinada com a nova versão dos vampiros e comecei
a pesquisar o que os adolescentes estavam lendo fora do contexto escolar.
Percebi que eu realmente estava fora de um universo fantástico e surpreendente.
Devorei vários livros deste novo mundo e estou acompanhando várias séries. E,
então os personagens do livro Invasora foram tomando forma, uma mistura de
seres fantásticos da minha infância com os seres fantásticos atuais.
Quando criei o Ian, eu
queria que ele pudesse ler a mente das pessoas, mas como o professor Chavier
fazia. Ele teria como se comunicar com a outra pessoa mentalmente e não apenas
ler o que estava pensando. Ele teria que ter o encanto de um príncipe dos
contos de fada, mas ser perigoso e letal como um vampiro.
Posso dizer que sofri a
influência da série Crepúsculo e de todos os outros livros e histórias em
quadrinhos que li desde a minha infância.
“Porém, vendo-a dormir com tamanha tranquilidade, fazia com que ele se sentisse impelido a protegê-la de tudo e de todos, inclusive dele mesmo”.
OverShock - Na biografia encontrada na orelha do livro,
sabemos que por ser professora, você encontrou nos conflitos dos adolescentes,
inspiração para construir o primeiro livro dessa série, mas como é o
relacionamento entre professora e seus alunos?
Dalmolin - Nem sempre é um mar de rosas, e é exatamente
nesses períodos de divergências que podemos perceber o quanto muitos
adolescentes encontram-se perdidos e com medo diante das decisões que precisam
tomar para começar a enfrentar a vida adulta. Muitos ao contrário, já possuem
uma carga enorme de responsabilidades que vão muito além do que eles poderiam suportar
normalmente. Como professora tento mostrar a eles que nada é impossível de ser
alcançado ou mudado, depende do quanto você realmente quer isso e o que você
faz para conseguir.
OverShock - Quanto tempo durou e como foi o processo de
escrita e publicação de A Convocação? Você encontrou algum tipo de dificuldade
em publicá-lo?
Dalmolin - Eu demorei quase dois anos e meio para
concluir o livro. Conseguia tempo para trabalhar no livro apenas de madrugada,
por isso o processo de escrita foi tão lento.
Para a publicação comecei
a procurar editoras ainda antes de concluir o livro. Há poucas editoras no
Brasil que se dispõe a ler obras de escritores iniciantes como eu. Em outros
países, como os Estados Unidos, por exemplo, há pessoas que fazem essa ponte
entre o escritor e a editora, aqui o escritor tem que se virar sozinho. São
pouquíssimas as editoras que nos dão espaço. Porém as dificuldades não acabam
com a publicação do livro. Não temos muita ajuda para a divulgação da obra após
a publicação, não há orientação ou nada nem ninguém que nos apóie. Graças a
Deus que os blogs de leitura, como o seu Ricardo, estão dispostos a nos ajudar
e a divulgar nossos escritos.
OverShock - No livro, acompanhamos as aventuras de
Sammy no século XVI, onde encontra diversos seres, como bruxas e “fantasmas”.
Quando você começou a escrever o livro, já sabia que usaria esses elementos
para incrementar a história ou surgiu com o tempo? Podemos esperar novos seres
nos próximos livros da série?
Dalmolin - Antes de iniciar a escrita do livro, eu já
havia esboçado praticamente todos os seres que fariam parte dele, inclusive os
nomes foram escolhidos para terem um significado dentro da história. Por
exemplo, o significado do nome Ian: Deus é Gracioso e a pessoa com esse nome é
fiel, carinhosa e de muita sensualidade, busca estar sempre demonstrando seu
amor a todo o instante e espera que a pessoa amada faça o mesmo, é
superprotetor e muito prático. E, para todos os outros personagens os nomes
também têm um significado dentro da história.
“Sim, ele a amava. Não havia como negar isso a ele mesmo. Estava perdidamente apaixonado por ela e faria qualquer coisa para permanecerem juntos, nem mesmo o Conselho ou toda a magia do mundo mundo o impediria disso”.
OverShock - Qual foi a parte que mais te emocionou na
hora de escrever? Algum motivo especial?
Dalmolin - Foi o primeiro capitulo, pois meus pais
estavam se separando e minha mãe encontrava-se na mesma situação da mãe da
Sammy, mas as semelhanças comigo ou com a minha vida terminam no primeiro
capítulo (rs).
OverShock - Se pudesse fazer uma adaptação
cinematográfica, quais seriam os atores e atrizes que você desejaria ver
atuando em suas personagens? E a trilha sonora que usaria?
Dalmolin - Nossa isso é bem difícil de dizer, sou
péssima para gravar nomes. Vamos começar pela trilha sonora, no site do livro
(www.invasora.com.br) deixei alguns clipes de músicas que acredito que as
letras tenham um pouco a ver com a história, acho que seguiria aquele estilo já
que o livro tem aventura. Para os atores e atrizes, vamos começar com atores
brasileiros. Para o papel de Sammy: Daniela Carvalho; Ian: Dudu Azevedo;
Macellarius: Rodrigo Lombardi; Northunder: Thiago Fragoso; Meretrícia: Mayana
Neiva; Morgan: Rodrigo Andrade. Atores e atrizes estrangeiros, para o papel de
Sammy: Dakota Blue Richards; Ian: Blair Redford; Macellarius: Stephen Amell; Northunder:
Jensen Ackles; Meretrícia: Penelope Cruz; Morgan: Sean Faris.
OverShock - Um dos pontos que ficou marcado após esse
livro, foi a forma com que você usou para contar a história por dois pontos
diferentes. Por que usar dessa forma, e essa é uma das características que
poderemos encontrar em seus próximos livros?
Dalmolin - A maioria dos livros traz o narrador em
primeira pessoa ou em terceira pessoa, nós conhecemos a história apenas de um
ângulo e eu queria que todos ficassem sabendo o que o Ian também estava
sentindo. Não tinha como fazer tudo em primeira ou terceira pessoa, então
intercalei. No início sei que ficou monótono, tentei reescrever várias vezes,
mas não consegui encontrar uma forma de contar algo que estava começando sem
repetir um pouco. Com certeza nos próximos dois livros da série vou manter a
mesma forma de narração, e como já mencionei tenho outros livros iniciados que
gostaria de concluir, nestes há apenas um narrador.
“Nunca pensei que perder alguém que amamos pudesse doer tanto. Em meu peito, havia apenas um buraco, um imenso vazio. Sentia cada fibra de meu corpo se retorcer de dor. Recusava-me a acreditar que ele estivesse morto. Enquanto lágrimas escorriam por minha face, tentava me concentrar e tentar encontrar em minha mente o feitiço qu eo traria de volta”.
OverShock - Há alguma coisa que você mudaria em A
Convocação? Por que você faria isso?
Dalmolin - Estou acompanhando as resenhas e comentários
sobre o livro e concordo quando é mencionado que as cenas poderiam ser melhores
descritas, quando escrevi não percebi isso, então acho que melhoraria a
descrição das cenas (algo que já estou procurando fazer no segundo livro).
OverShock - Como está a reação das pessoas em relação
ao livro? E a expectativa pelo segundo livro?
Dalmolin - Muitos chegam até mim e perguntam se o
segundo livro já está pronto e quando vai ser lançado, também recebi alguns
e-mails a respeito disso. Aqui na minha cidade, muitos ainda não acreditam que
eu escrevi um livro pois ninguém sabia disso até a data de lançamento estar
acertada. Então para muitos ainda é uma novidade. E dos meus alunos, aqueles
que leram o livro, querem saber como termina a história, se Ian e Sammy vão
ficar no presente, coisas do gênero.
OverShock - Por falar no seu segundo livro, o que você
pode nos adiantar sobre ele? Já tem uma previsão de quando será o lançamento? E
uma possível nova série está em sua mente, ou é muito cedo para isso?
Dalmolin - O que posso adiantar do segundo...?? Bem o
titulo já defini: “Invasora – Revelações”. Novos personagens vão surgir e muita
coisa vai ser esclarecida, porém novos perigos vão colocar Ian e Sammy em
perigos ainda maiores que os já enfrentados. Quanto ao lançamento, ainda não
faço idéia, não sei se a Editora Novo Século vai querer publicar o livro. Não
entrei em contato com nenhuma editora ainda. Para uma nova série ainda não
cogitei nada, penso em concluir está e os romances iniciados. Mas quem sabe em
breve...
OverShock - Para você, o que seria um amor que vai além
do tempo?
Dalmolin - É você acordar todas as manhãs do lado da
mesma pessoa e perceber que o tempo está passando, que você está envelhecendo,
que sua vida está se indo, mas que aquela pessoa com quem você decidiu passar a
sua vida está ali, firme e confiante, te apoiado e te aceitando com todas as
mudanças que o tempo te infringir e com todas as dificuldades e contratempos
que a vida te oferecer.
“Sofria por perder sua outra metade, sabia que nada nem ninguém poderiam diminuir sua dor. Sentia que a mente jovem também sofria sem saber o porquê. Em breve não existiriam dois deles, mas apenas um atormentado e destruído pelo dor outra vez”.
OverShock - Agradeço pelas suas respostas. É realmente
um prazer muito grande poder entrevista-la, e espero que todos tenham gostado.
Para encerrar, deixe as últimas mensagens aos Overshoquenses. Muito obrigado J.
S. Dalmolin.
Dalmolin - Quem tem que agradecer a você Ricardo, sou
eu pela oportunidade e apoio e a todos que leram e vão ler Invasora, por poder
me permitir compartilhar um pouco do meu mundo imaginário com vocês. Agradeço
de coração a todos e espero receber muitos e-mails (adoro receber e-mails).
Beijos e que todos os sonhos de vocês se realizem. Que Deus abençoe a todos.
J. S. Dalmolin.
Então estão esperando o que para ler A Convocação, e mandar e-mails para a autora? Como ela já citou, você pode encontrar tudo em seu site, clicando aqui.