Atividade Paranormal 3 (Paranormal Activity 3)

Resenha: A franquia Atividade Paranormal conquista fãs a cada filme, e o terceiro longa da série veio para provar porque o sucesso entre alguns e as críticas entre outros. Muito superior do que seus antecessores, Atividade Paranormal 3 enfim pode receber o título de assustador. Muito mais pesado, ele não é recomendado para pessoas que não gostam do gênero e também para aqueles que reclamam do estilo de filmagem caseira, como a maioria os críticos desta série reclamam.
O filme começa em 2005, quando Katie (Katie Featherston) entrega algumas antigas fitas de vídeo a sua irmã Kristi (Sprague Grayden). Na cena seguinte, nos deparamos com o inicio do filme Atividade Paranormal 2 (resenha), quando Kristi volta para a casa e encontra ela totalmente bagunçada. Em seguida voltamos para o ano de 1988, quando Katie e Kristi ainda são crianças e vivem com a mãe Julie (Lauren Bittner) e seu namorado Dennis (Christopher Nicholas Smith). Dennis trabalha com filmagens e é fascinado por câmeras, e está sempre gravando algo. Depois de insistir com Julie, ela acaba cedendo e aceita que ele grave eles fazendo sexo, e é exatamente neste momento que os primeiros acontecimentos paranormais acontecem.
Ao rever as imagens, Dennis percebe algo estranho, mas Julie não se importa com isso. Dennis então pede ajuda ao seu amigo, Randy (Dustin Ingram), que lhe aconselha a colocar câmeras em diferentes partes da casa. Ele opta por colocar uma no quarto das meninas, e a outra no próprio quarto. A partir de então, noite após noite (as vezes até durante o dia), acontecem situações estranhas e cada vez mais assustadoras, e as meninas se tornam extremamente importantes para a trama.
Esse é sem duvidas o melhor filme da franquia, mesmo que no inicio, assim como os outros, é bem morno. Apesar de um roteiro fraco (como já aconteceu nos antecessores) para um filme de terror, a história segue com agilidade e prende do inicio ao fim. Filmada de forma caseira, assim como os demais filmes, possui um jogo de câmera interessante, sobretudo após Dennis colocar uma delas sobre um ventilador, e deixa-lo ligado. Isso proporcionou as partes mais sinistras. Foi usando essa câmera, que em certo momento um lençol tomou a forma de uma pessoa e logo depois caiu ao chão sem haver ninguém. Ideia genial dos diretores Henry Joost e Ariel Schulman.
As personagens, que sempre foram sem graças, principalmente Mica, de Atividade Paranormal 1 (resenha), deixaram esse problema de lado e se tornaram mais importantes e menos cansativas. As crianças, como já disse, são de extrema importância, principalmente Kristi, a irmã mais nova, interpretada por Dustin Ingram. Porém, a irmã mais velha, Chloe Csengery também tem grande importância, seja em seu quarto ou no banheiro. Julie faz o mesmo que suas filhas nos filmes anteriores, e no inicio não acredita no que pode estar acontecendo, no entanto mais tarde também se depara com os acontecimentos sobrenaturais e é obrigada a acreditar que algo estranho está acontecendo com sua família. Já Dennis fica obcecado por isso, ou seja, este ponto continua igual aos demais filmes, com o marido (no caso namorado) obcecado por algo que mais ninguém, exceto seu amigo, acredita.
Apesar de ser um filme inteiramente de terror, uma ou outra cena chega a ser engraçadas, enquanto outras conseguem se tornar incríveis. Genial a ideia do roteirista em usar a famosa lenda da Bloody Mary (Maria Sangrenta, ou no Brasil conhecida como a Loira do Banheiro), como também genial o desenrolar da história.
Com o final, muita coisa é explicada e juntando a relação de todos os filmes, entendemos a história, mesmo que essa, até certo ponto, seja fraca. Agora tudo toma um caminho mais assustador. Para quem gosta de filmes de terror, esse sem duvidas é o melhor da franquia, e também o mais rentável (US$ 230 milhões). Resta esperar pelo quatro filme da série, que deve chegar no segundo semestre de 2012 e torcer para que continue melhorando a cada ano.