- O Triste Fim -

23 anos depois...

Os dias, as horas e os minutos passam muito rápidos e de repente se convertem em anos. Anos que passam em uma azáfama tão grande que é difícil se envolver em algo mais humano ou até mesmo divino.
Eduardo estava no cemitério ao lado do túmulo de Alice: 23 anos de sua partida e ele esperava, espera o dia no qual se reencontraria com seu grande, único e verdadeiro amor.
Ele sabia que embora não houvesse vivido seu verdadeiro amor em vida tinha certeza que Alice o esperava e que enfim, viveriam esse amor.
O amor de ambos sobrepujava qualquer coisa e permaneceria vivo mesmo que o nada reinasse.
Joana aproximou-se de Eduardo e perguntou:
_ Você sempre vem não é mesmo Edu? _ fazia muito tempo que os dois não se viam, Joana vivia em outra cidade desde que casou, mas sempre no aniversário de morte da prima visitava o cemitério para fazer orações.
_ Claro Jô, eu nunca vou deixar de vir aqui enquanto eu permanecer vivo.
_ Você a amava _ comentou Joana_ eu queria que vocês tivessem vivido esse amor, teria sido lindo!
_ Mas não foi... Foi trágico_ amargurou-se Eduardo_ eu não tive coragem de lutar por ela.
Joana abraçou Eduardo e disse:
_ Estava escrito Edu... E a história de vocês pode ter tido um triste fim, mas foi uma bonita história_ ela enxugou as lágrimas e prosseguiu_ você foi ótimo para ela, ensinou-a a amar e a viver intensamente este sentimento. Antes de te conhecer Alice era vazia, faltava algo... Ela nunca acreditava em amor e sentimentos puros e verdadeiros.
_ Às vezes é como se eu a visse Jô. Recordo-me de tudo: do sorriso, dos olhos, da voz dela... Às vezes me torturo e gostaria muito de estar ao lado dela... A vida não tem sentido Jô...
_ A vida tem sentido sim Edu. Você pode fazer tudo o que quiser e saberá que Alice esta cuidando de você.
Eduardo olhou para o túmulo de Alice cuja lápide tinha escrito: "Conheci e Vivi um grande Amor que ultrapassará a morte":
_ Sinto saudades dela e embora queira estar ao seu lado, permaneço vivo por ela.
Naquele dia quando Eduardo saiu do cemitério em seu CrossFox, pensava em Alice e não se deu conta quando o sinal de trânsito fechou...
FIM.

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Autora: Camila Márcia V. Ferreira nasceu em Fortaleza (CE), atualmente reside em Bela Cruz, interior do estado, faz faculdade de Letras pela Universaidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e é a Bloggeira de Devaneios Fugazes.
Entrar em contato: E-mail: kmylla_m@hotmail.com Twitter: @camila_marcia

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